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Artigo do Jornal: Jornal Setembro 2020
Escrito por: Alexandre Gusmão
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Na Revista Espírita de agosto de 1860, Kardec publicou a carta de um cônsul e médico francês que gostaria de se integrar a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. Mas esse pretenso candidato faz uma ressalva que julga importante: - de que professava outra religião. E, talvez para justificar sua decisão, ele enumera 19 pontos que julga estarem em concordância entre sua “profissão de fé” e o Espiritismo. Isso nos faz lembrar as várias ocasiões em que somos interceptados no centro espírita por irmãos nossos que dizem pertencer à outra religião e questionam se podem ou não escutar a palestra ou receber ou não o passe. Ou ainda se haveria problema em pedir uma receita para o plano espiritual.

O Espiritismo foi concebido para receber pessoas de todos os credos, pois, não possuindo ritos, não fere a fé de qualquer criatura. E, tendo Kardec observado somente as questões morais do evangelho, com facilidade encontramos muitos pontos em comum entre o Espiritismo e outras religiões cristãs.

Por isso, é comum dizer-se que o Espiritismo não será o religião do futuro, mas o futuro das religiões. Não está implícito nessa afirmativa qualquer sinal de superioridade ou de orgulho, mas, sim, muito pelo contrário, a ideia de que: “aos poucos as religiões do mundo irão agregar os conceitos fundamentais do Espiritismo. E que as religiões ficarão naturalmente tão parecidas, que não se fará mais a distinção entre uma e outra. Pouco importará a qual religião se siga. Haverá uma harmonia mundial em relação a conceitos sobre vida e espiritualidade. Todos unidos em concordância, em prol do Bem Universal”. (No Invisível. Leon Denis)

São algumas dessas concordâncias que o cônsul da França destaca em sua missiva a Kardec e que nossa companheira Larissa Chaves comenta no estudo da Revista Espírita que se encontra no canal Inspiração pelo Mundo, no Youtube. Nesse estudo, Larissa destaca os principais pontos desses 19 itens, assim como o comentário de Kardec a respeito dessa carta, na qual nos diz que “uma sociedade cujos membros fossem guiados pelo amor ao próximo, que inscrevesse a caridade em todos os seus códigos, seria feliz e logo veria se extinguirem os ódios e as discórdias” e que o Espiritismo pode cumprir esse prodígio.

Essa reflexão ganha muita importância nos tempos atuais, em que é cada vez maior a presença de irmãos de outras religiões nas casas Espíritas, buscando compreender de onde vieram, o que estão fazendo aqui e para onde vão.

Cabe a nós receber a todos sem julgamentos ou proselitismos, tomando sempre o cuidado de não ferir seus pensamentos ou sua fé, contribuindo para que a fraternidade seja a pedra angular da nova ordem social (A Gênese – “Sinais dos tempos”), pois, como disse Claude Bernard: “Virá a hora em que o sábio, o pensador, o padre e o poeta falarão a mesma língua”.

Que assim seja!

Assista a essa reflexão completa e outros estudos nas páginas Inspiração pelo Mundo no Facebook, Instagran e no canal Inspiração Espírita, no Youtube.

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