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Artigo do Jornal: Jornal Agosto 2020

Sobre o autor

Fátima Moura

Fátima Moura

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Li, nas redes sociais, um texto postado e assinado por Dany Santos, uma mãe que faz bastante sucesso com suas publicações, intitulado: “Apanhei mas não morri”, onde ela relata que quem apanhou quando criança não morreu, mas enfrenta problemas no relacionamento com os pais, precisa curar sua infância na terapia, se tornam pessoas inseguras, que não sabem o que fazer com sentimentos como a raiva ou a tristeza.

Segundo a autora, que tem uma página no Facebook chamada “Quartinho da Dany”, toda criança merece uma infância que não precise ser curada mais tarde. Uma criança que apanha não deixa de amar aos pais, deixa de amar a si mesma, diz ainda a autora.

Ao longo da minha vida profissional, trabalhando com crianças e adolescentes, reconheci muitas dessas pessoas. Pessoas inseguras, tristes, com auto estima baixa e totalmente sem iniciativas, em sua maioria, fruto da violência doméstica ou de qualquer tipo de violência, física, psicológica.

Não sei se a autora é psicóloga mas me arrisco a afirmar que é uma mãe preocupada com o bem estar de seus filhos, com a educação de crianças e jovens e ansiou compreender toda a angústia à que uma criança está exposta, por não se sentir amada ou verdadeiramente cuidada pelos adultos.

Não estamos falando só da violência física. A violência psicológica, a violência sexual, parental, a violência verbal, são agressões que também devem ser reprimidas em todo tipo de convivência.

Segundo o Código Penal brasileiro, qualquer tipo de agressão infantil é crime, com pena de 1 a 12 anos de prisão. A data se tornou tão significativa, que o dia 4 de junho, ficou conhecido como o Dia Mundial Contra a Agressão Infantil, e está no calendário da Organização das Nações Unidas (ONU) desde o ano de 1982, também listado nas datas importantes da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão.

A Associação Americana de Psicologia também afirma que crianças e adolescentes que crescem em lares violentos, mesmo que não sejam vítimas diretas e apenas testemunhem as agressões, têm três vezes mais chances de repetir a violência ao se tornarem adultos do que os que crescem em ambientes "saudáveis”.

Segundo o médium Divaldo Pereira Franco, a violência é uma doença da alma. Então, se desejamos combater a violência, precisamos tratar as almas enfermas. E esta sempre foi a proposta do Espiritismo.

Jesus, nosso amado Mestre, em o Sermão da Montanha, alerta aos discípulos: “Bem aventurados os mansos, porque eles herdarão a face da terra”, ou seja, procuremos vencer nossos impulsos violentos, a fim de construir um mundo novo, um mundo de regeneração.

Para nós espíritas, o conhecimento e o estudo dessa Doutrina de Amor nos apresenta a educação em suas múltiplas interfaces. O Espiritismo, em sua proposta educativa, não se refere à educação intelectual, mas, sim, à educação moral. Precisamos aprender a nos reconstruir a cada dia, e o amor através do diálogo se faz excelente proposta.

Pensemos nisso!

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