Depois de comentar durante anos nesta coluna conceitos e preceitos da autêntica doutrina espírita, a que se encontra exposta com clareza e objetividade nos livros de Allan Kardec, achamos por bem fazer uma pausa em tão útil tarefa a fim de nos ocupar, por algum tempo, não dos ensinos e sim da pessoa do seu codificador, também digna de admiração quase tanto quanto sua obra insuperável.
Já abordamos as principais facetas da personalidade do mestre de Lyon: seus predicados éticos, intelectivos e culturais, sua invejável nobreza de caráter e sua brilhante inteligência, destacando-lhe o estoicismo diante de violentos ataques pessoais partidos de adversários ideológicos, e de mesquinhas traições arquitetadas por companheiros de crença. A par disso colocamos em relevo sua pouco reconhecida competência como pensador filosófico da mais alta categoria, porém falta-nos ainda dizer alguma coisa sobre ele relacionada especificamente com a época em que viveu neste mundo.