Na condição humana, a Sombra e o Mal sempre se mostram desafiadores, pois, por melhores que sejam as intenções, é comum observar que certos aspectos destrutivos da personalidade se apresentam no comportamento, muitas vezes à revelia da consciência. O Apóstolo Paulo exemplificou muito bem essa questão com sua famosa frase: “... porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse faço...”1
E a Sombra se torna ainda mais preocupante quando, com ela, o indivíduo se identifica, a ponto de não conseguir distinguir com clareza o Bem e o Mal. Pensando servir a grandes propósitos, encontra-se não raro envolvido pela própria sombra, sequer dando-se conta do mal que apoia, pratica ou não questiona. Quando esse processo atinge grande número de indivíduos em uma coletividade, chega-se ao estágio da banalização do mal.