Os psicólogos empiristas costumam afirmar que a criança recém-nascida é uma Tabula Rasa in quo nihil est scriptum, ou seja, uma lousa em branco na qual nada se encontra gravado e só mais tarde, paulatinamente, a criança, por meio da experiência e do aprendizado escrevem nesta lousa vazia o texto de sua personalidade. Em outras palavras: nada, a criança ao nascer traz consigo, absolutamente nada. Gostaríamos de criticar este ponto de vista com exemplos que parecem nos levar em direção contrária.
John Stuart Mill, um filósofo inglês do século XIX, conhecido por seu utilitarismo e por suas ideias de liberdade, nunca frequentou uma escola. Educado em casa pelo próprio pai, começou a aprender o grego aos três anos e o latim, aos oito anos e aos quatorze já havia lido a maioria dos textos antigos no original.