Conversavam, em um diálogo fictício que poderia ser real, dois espíritas na porta de entrada do centro, sobre um dos seus filhos ter sido aprovado para uma universidade. Enquanto um se alegrava e exaltava os dons intelectuais de seu filho, o outro lhe chamava a atenção de que a universidade era um antro de ateus e que possivelmente, indo lá ter contato com aquelas teorias, logo se afastaria da doutrina espírita, seduzido por pensamentos agnósticos.
Essa historieta de receio de pisar na universidade e ali perder a sua fé ilustra o pensamento de muitos dos adeptos das ideias espíritas, o que é no mínimo espantoso, pela proposta da própria doutrina espírita de ser algo moderno e sintonizado com a realidade e suas inovações. Mas que raio de fé raciocinada é essa na qual temos medo de ir a faculdade e virar ateus?