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Artigo do Jornal: Jornal Novembro 2019

Sobre o autor

Fátima Moura

Fátima Moura

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Desde a Antiguidade, a música, além de entreter, foi utilizada para a cura. Antigas civilizações, tais como os egípcios, gregos, chineses e indianos, já tinham ciência sobre o valor terapêutico dela, a ponto de as pessoas enfermas serem tratadas em templos, e não em hospitais, onde lhes eram oferecidas técnicas que continham energização espiritual consistente e que eram aplicadas de forma simultânea, entre o corpo físico e o espiritual.

Relatos arqueológicos nos revelam instrumentos musicais e cenas ligadas ao uso da música. No Antigo Egito, eram frequentes as cenas representadas por cantores, músicos e bailarinos que apareciam em destaque. Em um túmulo da XII dinastia, existe a ilustração do harpista cego, que se tornou famosa por sua singularidade.

Os egípcios acreditavam que um dos seus deuses, chamado Thoth, inventara a música e que Osíris fez uso dela como parte de seus esforços para civilizar o mundo. Em um papiro do Império Novo, conhecido como os ensinamentos de Ani, está dito que o canto, a dança e o incenso são alimentos sagrados dos Deuses.

Platão (427 a.C.) já afirmava que a música é o remédio da alma e que seu poder era capaz de transformar o homem e toda uma sociedade.

Em nossa Casa, que é o MAP - Movimento de Amor ao Próximo, utilizamos a musicoterapia, técnica muito eficiente para os encarnados, que auxilia na reabilitação física, mental e social de indivíduos e grupos, em um trabalho pioneiro dentro das casas espíritas, acreditando que a música tem a função de unir o homem ao elemento divino.

Estudos comprovam que a música tem o poder de desenvolver a mente, o raciocínio, a saúde física e mental. O homem primitivo fazia uso das palmas, a fim de produzir algum tipo de som com que pudesse entreter e motivar-se.

Desde a Antiguidade, a música é utilizada para o bem-estar, elevação espiritual, fins nobres ou terapêuticos. Os esclarecimentos em torno da música mencionados pelo maestro Rossini, em Obras Póstumas, dão conta dessa valiosa contribuição à Humanidade.

A ciência comprova que o bebê é capaz de ouvir música no ventre da mãe e de acalmar-se com essa música, ao tomar contato com ela fora do ventre materno.

Todos temos lembranças de uma música especial que marcou alguma época de nossas vidas. A música do primeiro encontro, a música do casamento e de momento às vezes não muito felizes.

A música é capaz de controlar a pressão arterial, os batimentos cardíacos. Especialistas e pesquisadores da área médica afirmam, em estudos ainda a serem finalizados, que tumores cancerígenos expostos à quinta sinfonia de Beethoven e sonatas de Mozart regrediram significativamente, juntamente com o tratamento aplicado pela medicina convencional.

Depressão, dores de cabeça, síndromes de toda ordem também são amenizados com o hábito de ouvir boa música. Lembro-me de quantas vezes, quando era professora de educação artística nas séries infantis e de ensino fundamental, acalmei turmas difíceis com o uso da música em sala de aula.

O espírito André Luiz ressalta a importância da música quando, no livro Nosso Lar, nos fala das atividades desenvolvidas nos Campos da Música, onde todos os dias, ao entardecer, um belíssimo coral entoa elevadas melodias, conduzido pelo governador e os ministros da Colônia.

Segundo Léon Denis, no livro Espiritismo na Arte, tudo se traduz em vibrações harmônicas, usando certas classes de espíritos ondas sonoras para se comunicarem. Porém, na Terra, afirma o autor, elas não são mais do que ecos deformados dos concertos celestes.

Que as nossas Casas Espíritas possam descobrir o valioso papel da música e a sua aplicabilidade nos doentes do corpo e da alma – é o meu desejo!

Paz e bem!

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