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Artigo do Jornal: Jornal Novembro 2019
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Ver à distância é uma faculdade mediúnica, segundo a qual uma pessoa (médium) pode ver acontecimentos que se passam bem longe de onde ela se encontra.

Famoso é o caso do taumaturgo Apolônio de Tiana, que viveu mais ou menos na mesma época em que Jesus esteve entre nós. Apolônio estava na cidade de Éfeso, ministrando uma aula pública. De repente, parou sua exposição, para descrever em cores vivas, como se estivesse presente, a morte do imperador romano Domiciano, que, naquele preciso momento, estava morrendo.

Notável, também, é o caso do papa Pio V, que, no Vaticano, assistiu à batalha de Lepanto, travada entre forças cristãs e momentâneas e da qual dependia a sorte de toda a cristandade. O religioso, que parecia estar assistindo aos lances decisivos da batalha, em um certo momento, exclamou emocionado: “Graças a Deus! O nosso exército acaba de alcançar uma grande vitória”.

Um outro caso, que do nosso ponto de vista é mais de desdobramento do que de dupla vista, aconteceu com Andocles Junot, o qual caíra em desgraça por ter perdido uma batalha na Espanha para o inglês Wellington, foi afastado para o governo da Ilíria. O sofrimento de Junot foi tão grande, que ele enlouqueceu e, em delírio, saltou de uma janela de seu castelo, quebrando uma perna. Pouco tempo depois, 29 de julho de 1813, veio a falecer.

Uma amiga de Junot, a duquesa de Abranches, que viajava para a Ilíria a fim de se encontrar com ele, estava no momento da tentativa de suicídio, nas margens do lago Genebra. Em suas memórias, a condessa relata que, na noite de 22 para 23 de julho, ele dormitava penosamente, quando foi tomada por uma forte sensação, inteiramente dolorosa, mas totalmente desconhecida. Nesse momento, despertou e viu de pé, junto de sua cama, o seu amigo Junot. Ele estava com uma expressão muito triste e tinha uma das pernas quebrada.

Como se pode notar facilmente, as características do caso não são de boa visão à distância, mas de desdobramento. Provavelmente, ao cair no chão e quebrar a perna, Junot tenha se lembrado de sua amiga que vinha visitá-lo e desdobrou até onde ela estava para lhe contar o que havia acontecido com ele.

Um caso autêntico de visão à distância aconteceu no dia 4 de maio de 1897. Nesse dia, uma velha camponesa que vivia nos arredores de Vouziers encontrava-se agonizante. Em um certo momento, para espanto das pessoas que assistiam, ela começou a falar: “Oh, meu Deus, lá está o fogo! É fogo! Mas eles não veem aquilo que arde, ainda não veem nada! Lá está o fogo que a tudo devora! Coitada daquela mulheres... acotovelam-se para as portas. Pobres raparigas! Todas estão bem vestidas! Salvem-nas, salvem-nas, que pegam fogo!” A moribunda parou de falar e morreu cinco horas depois. Antes de morrer, ela descrevera o terrível e breve incêndio do Bazar de la Cherité, em Paris.

Uma atriz famosa chamada Marpessa Dawn, que trabalhou no filme de Marcel Camus, Orfeu Negro, certo dia, no início da Primeira Guerra Mundial, estava conversando com algumas pessoas. A certa altura, alguém fez referência a dois soldados que Marpessa não conhecia. A atriz, porém, falou convicta: “Estes homens estão mortos”. De fato, os dois soldados, como se soube mais tarde, haviam morrido no momento em que ela pronunciara aquelas palavras.

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