Muitos acreditavam que, com os ventos das navegações atlânticas e as grandes invenções do final da Idade Média, ocorreria uma profunda mudança no pensamento científico, filosófico e até mesmo religioso do século XV. Porém, esse fato não se deu no ritmo esperado, pois a Igreja - em pleno século XVI - procurava impedir que pensadores, filósofos e teólogos influenciados pela reforma protestante e novos conhecimentos colocassem em xeque a autoridade eclesiástica, por intermédio de ideias que viessem a comprometer os pensamentos e teorias defendidas pela cristandade, desde sua fundação, como o pensamento “ptolomaico”, cujo principal fundamento era a teoria do “geocentrismo” e pensamento sistemático “aristotélico”, no qual todo fenômeno particular dependia de uma lei universal, assim como todo efeito de uma causa.
Entre os vários pensadores que se destacaram no período do século XVI, podemos citar em particular, Giordano Bruno, um homem místico e visionário, que estava muito à frente do seu próprio tempo, defensor da teoria que a Terra não era o centro do universo e as estrelas no céu eram astros, que assim como o Sol, poderiam ter uma trajetória, não ficavam fixos na abóboda celeste ou firmamento e poderiam até ter planetas girando ao seu redor em órbitas diferentes. Ele também insistia que o universo é infinito e não poderia ter "centro". Dessa forma, sugeria que poderia existir vida em outros mundos, assim como existia na Terra. Ele foi o precursor da “posição cosmológica”, conhecida como pluralismo cósmico ou pluralidade dos mundos.