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Escrito por: Redação Correio Espírita
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Uma data escolhida para a reflexão de todos... Para entender o 20 de novembro primeiro precisamos conhecer um personagem que marcou a história por sua resistência: Zumbi. Ele morreu nesta data, lutando pela liberdade, em 1695. 

O Dia da Consciência Negra nasceu dessa marca de resistência e do protesto de Zumbi. Hoje, diante da situação de exclusão social e econômica da população negra no Brasil, mesmo passados mais de 100 anos do fim da escravidão, a data não poderia ser mais representativa. O 20 de novembro foi escolhido em 1971, pelo poeta Oliveira Silveira e por um grupo de estudiosos, que se reuniam em Porto Alegre, o Grupo Palmares. A idéia acabou se espalhando por outros movimentos sociais de luta contra a discriminação racial e, no final da década de 70, apareceu a proposta nacional para o Dia da Consciência Negra.

Em contraponto a 13 de maio - que não deixa de ser uma data importante, pois aboliu a escravidão no Brasil - o 20 de novembro nasceu para pontuar que a luta dos negros e seus descendentes continua. Por isso, a data é um convite não só para os negros, mas para toda a sociedade pensar, conscientizar-se e refletir.

Escravidão - uma mal da humanidade

O Espiritismo também aponta a escravidão e suas conseqüências como um mal sem igual. E ainda na metade do século 17, quando existia o sistema escravista em certos países como o Brasil, a Doutrina já apontava o erro e dizia que nada justifica a subjugação de outro ser humano. Nas palavras de Kardec "A lei humana que consagra a escravidão é contra a natureza, uma vez que iguala o homem ao irracional e o degrada moral e fisicamente", diz ele em O Livro dos Espíritos, questão 831.

Por isso, a humanidade ainda precisa de movimentos de conscientização e ética diante do que significou a escravidão seja ela de qualquer povo. 

Breve história de Zumbi

Zumbi não nasceu escravo. Apesar de ser filho de cativos, foi concebido livre no Quilombo dos Palmares, na Serra da Barriga, em Pernambuco. Quilombos eram lugares dentro da mata para onde os escravos fugiam e se refugiavam do cativeiro e dos maus tratos da senzala. Nesses lugares, as pessoas viviam livres, em comunidades, onde podiam construir suas casas e cultivar a terra. Muitas vezes, os Quilombos eram atacados por forças contrárias à liberdade dos escravos. Em uma dessas invasões, Zumbi foi capturado e levado para ser criado por um padre na cidade. Mas quando cresceu fugiu rumo ao lugar onde havia nascido. Ali começa sua luta pela liberdade. Hoje, Zumbi é conhecido na história como líder de Palmares - um guerreiro que esteve à frente de vários combates, contra escravidão e pela liberdade. Numa dessas batalhas ele foi morto, em 20 de novembro de 1695.

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