O tema da coluna do mês presente pode surpreender muitos dos nossos leitores. Afinal, são muitas as pessoas que ostentam uma volumosa barriga, inclusive as mulheres, e desconhecem o mal que trazem dentro de si, indicando que o indivíduo está propenso a enfrentar sérios problemas de saúde. De imediato, pensa-se nas causas alimentares, por maus hábitos, devido ao consumo excessivo de carboidratos e gorduras ou por conta do sedentarismo, próprio da falta ou da acentuada redução das atividades físicas. Contudo, outros fatores podem ser apontados, como o estresse e o diabetes.

Primeiramente, deve-se destacar que o organismo físico está sempre pronto a estocar as calorias excedentes do metabolismo corporal, exatamente o que sobra depois da atividade que visa a sobrevivência física (digestão, respiração, funções cerebrais, musculares e etc.). Quando há saldo de energia, inteligentemente, o corpo mobiliza-a, guardando-a nas células de gordura situadas no abdômen. Nos músculos e no fígado, a gordura é estocada como triglicérides ou triglicerídeos. Cada vez que há excesso de calorias, as células adiposas se expandem, acumulando a energia dentro de si. Quando o consumo alimentar diminui, acarretando menor produção de calorias, o estoque é mobilizado e as células gordurosas encolhem. Em verdade, a acumulação e a utilização da energia são regidas por processos químicos. As mitocôndrias são o centro de energia da célula e responsáveis pelos procedimentos metabólicos, acarretando a produção de calor, água, dióxido de carbono e ATP (trifosfato de adenosina), o qual é uma molécula que funciona como fonte de energia para a realização dos processos celulares.