Para preencher o espaço desta coluna na presente edição nos ocorreu, de repente, a original ideia de mostrar a essência ideológica da Doutrina Espírita através de uma imagem sui-generis, figurando-a como o pêndulo de um relógio de parede, que se move ou balança, oscilando de um lado para outro no compasso do tempo certo, em ritmo apropriado, harmonioso, constante, fazendo contato com as duas instâncias fundamentais da vida, a Ciência e a Religião, sem se prender a nenhuma delas, na sua condição independente e autônoma de Filosofia.
Pesa-nos dizer, mas no movimento espírita brasileiro da atualidade a Doutrina Espírita é muito mal compreendida, não obstante a clareza verbal que veste o corpo do seu ensinamento. A maioria dos irmãos de crença querem fixá-la de um lado só, o do religiosismo, que nada tem de religiosidade sadia, e uma minoria deles almeja amarrá-la ao laicismo, que nada tem de racionalidade lógica negando o valor da fé em DEUS.