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Artigo do Jornal: Jornal Abril 2019
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No movimento espírita, como em qualquer outro, filosófico, científico, religioso ou de caráter meramente social sem grandes e enobrecidos conteúdos teóricos, o trabalho é sempre indispensável e útil quando feito com honestidade e competência.

Pode-se dizer que todo tipo de trabalho tem o seu valor próprio, nenhum merecendo classificação superior aos demais, porque as diversas ações desenvolvidas contribuem, cada qual em seu nível particular, para que um ser ou agrupamento humano cumpra o seu destino, alcançando os objetivos que deseja e deve atingir.

Em nosso movimento doutrinário são igualmente importantes as tarefas de publicação de livros e jornais, de conferências públicas radiofônicas e em recinto privado, de cursos não sistematizados e sim abertos para o livre debate das ideias e da cultura em geral, de ministração de passes magnéticos de modo caridoso e não tecnicista, de limpeza do ambiente não apenas vibratória mas também física, incluindo na mesma os móveis, o chão e os banheiros do Centro, de aconselhamentos pessoais, de oferta de esmola, de aulas para crianças etc.

Nada temos contra o que já existe de bom no movimento espírita brasileiro, mas a despeito disso cumpre-nos denunciar a diminuição a cada dia maior do mais nobilitante dos seus trabalhos: o mediúnico, voltado para o consolo e esclarecimento de espíritos sofredores e desorientados, “seres semelhantes a nós, constituindo, ao nosso derredor, toda uma população, invisível no estado normal”. (O LIVRO DOS MÉDIUNS, página 80 na 65ª edição feita pela FEB).

Por que esquecemos estes irmãos para ajudar somente os encarnados, atendidos por outros movimentos ideológicos, quando unicamente nós, espíritas, temos condição de socorrê-los?

Na página 97 do livro O CÉU E O INFERNO (43ª edição da FEB) o codificador do Espiritismo nos oferta esta informação:

Um fenômeno mui frequente entre os Espíritos de certa inferioridade moral é o acreditarem-se ainda vivos, podendo esta ilusão prolongar-se por muitos anos, durante os quais eles experimentarão todas as necessidades, todos os tormentos e perplexidades da vida.”

Eis aqui uma realidade que só não terá a nossa aceitação se já tivermos abandonado a crença espírita sem saber disso.

Não há a menor justificativa para o desprezo pela prática mediúnica através da psicofonia, em sessões desobsessivas, e a crescente falta delas, em nossos Centros constitui desastroso erro em nosso atual movimento doutrinário.

(*) Nazareno Tourinho, decano da Academia Paraense de Letras, premiado como escritor fora do Brasil, é autor de vinte e oito obras espíritas, uma publicada também na Alemanha, outra em parceria com o Dr. Carlos Imbassahy, e atualmente escreve livros para a Editora LACHÂTRE. (Telefone DDD 11 – 4063-5354. Site: www.lachatre.org.br).

 

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