“Nunca houve tantas evidências de que a melhor maneira de enfrentar o problema do suicídio é falando sobre o assunto.” (André Trigueiro)
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada ano são registrados mais de 800 mil suicídios no mundo, o que representa aproximadamente uma morte a cada 40 segundos. A cada três segundos, alguém atenta contra a própria vida. No Japão, mais de 25 mil pessoas cometeram suicídio. No Brasil, são mais de 11 mil casos anualmente, sendo que cerca de 20% dos suicídios se devem a motivos econômicos e 60% estejam a motivos relacionados com a saúde física e a depressão, conforme relatam as pesquisas.
O psicólogo Robert Gellert Paris, presidente do Centro de Valorização da Vida (CVV), que oferece apoio 24 horas pelo telefone, faz importante declaração:
““Quem pensa em suicídio está passando por um sofrimento psicológico e não vê como sair disso. Mas não significa que queira morrer. O sentimento é ambivalente: a pessoa quer se livrar da dor, mas quer viver. Por dentro, vira uma panela de pressão. Se ela puder falar e ser ouvida, passa a se entender melhor.”.
O “primeiro passo é quebrar o tabu sobre o assunto”, salienta Paris, porque “não se faz prevenção em silêncio”. O tema deve ser debatido de maneira séria e aberta em ambientes distintos, como escolas, empresas, templos religiosos, rodas de amigos e na mesa de jantar em família, ou seja, “onde existem pessoas que educam ou se importam com outras pessoas”.
Segundo informações da cartilha “Suicídio: informando para prevenir”, produzida pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), existem dois fatores de risco principais para o suicídio: pessoas que já tentaram tirar a própria vida têm de cinco a seis vezes mais risco de tentar outra vez. Estima-se que metade daqueles que se suicidaram, já tinham tentado antes e doença mental, porque pois, concluíram, que quase todos os indivíduos que se mataram tinham algum transtorno mental, em muitos casos não diagnosticado, não tratado ou não tratado de forma adequada.
As pessoas que convivem com alguém que se mostra propenso ao suicídio, se enganam ao pensar que ameaças são métodos de manipulação. Encare como um pedido de socorro. “Muitas pessoas que se matam dão previamente sinais verbais ou não verbais de sua intenção para amigos, familiares ou médicos”, dizem confirmam psicólogos e psiquiatras consultados sobre o assunto.
Entre os jovens, o suicídio é considerado a quarta causa de morte no Brasil. Uma pesquisa feita com base em um questionário desenvolvido pelo Departamento de Psicologia da Universidade da Califórnia, aplicado em 20 mil pessoas com mais de 18 anos, mostrou que a solidão é fator preponderante para se pensar em suicídio, seguidos de bullying, depressão e síndrome de pânico.
A doutrina Espírita nos ensina que o suicídio causa um enorme atraso evolutivo ao espírito. Além de “parar no tempo” em relação à evolução espiritual, a pessoa comete um crime contra si mesma e contra a lei de preservação e sobrevivência, que todos que trazemos dentro de nós.
Em maio próximo passado, lançamos um rRomance mediúnico pela Editora EME, que trata da prevenção ao suicídio e que, tal a urgência do assunto, já esgotou sua primeira edição. A FEB, Federação Espírita Brasileira, continua investindo em poderosas campanhas de esclarecimento e de preparo de trabalhadores dentro das cCasa eEspíritas.
Segundo a visão eEspírita, o suicídio leva a um caminho espiritual de dor e sofrimento, e está longe de ser uma forma de libertação, .
pPor isso, meu jovem amigo, não hesite em pedir ajuda. Viver sempre será a melhor opção!