Todos estão investidos de valores e forças para o cumprimento dos deveres aos quais estão envolvidos na atual encarnação. A Espiritualidade superior deu-nos um caminho, um roteiro, para que avancemos dentro da evolução.
Assim, renascemos cercados de situações e circunstâncias que nos favorecem nos avanços necessários. Família, sociedade, trabalho, corpo físico ideal, propostas que a vida oferece e por aí vai, num desenrolar de acontecimentos que nos beneficiam para sairmos vencedores dessa encarnação e já preparando o futuro quer seja nas dimensões espirituais ou em outra oportunidade reencarnatória.
Assim, antes de renascermos, fazemos um acordo e a Espiritualidade nos sustenta para que possamos cumpri-lo perfeitamente. Caso a pessoa encontre a Doutrina Espírita, surge no contexto muito mais potencialidades para que o Espírito encarnado adquira ótimos meios e conhecimentos. Isso lhe dará mais condições para fazer acontecer o que foi proposto e aceito antes da reencarnação, mesmo sendo a de forma compulsória. Isso porque o Espiritismo nos ensina e situa de forma definitiva no mundo, orientando nossos crescimentos, enquanto exercemos nossas funções aqui. Só o fato de conhecermos o que ocorre após o desenlace físico já nos enriquece e tranquiliza, tirando de cada um o temor da morte; dado que é a pessoa quem escolhe para onde deseja ir, de acordo com suas propostas de vida e comportamentos, portanto, escolhas e uso do livre arbítrio.
Assim sendo, estudar o Espiritismo é um adendo de estrutural importância. Seguir seus fundamentos é demonstrar maturidade espiritual. Ele nos leva ao Evangelho de Jesus, pedra angular para nos adequarmos definitivamente às Leis de Deus. Por meio delas o Pai Criador estabelece os caminhos para cada um de nós, uma vez que somos individuais perante Ele e a Criação. Quando entendemos assim, o sensato é que cada um perceba seu caminho e busque segui-lo com fervor. Ele é o conduto estabelecido por Deus para nos guiar aos projetos superiores da evolução.
Estamos, pois, cientificados de que tudo está erguido dentro de uma magna estrutura, para guiar o filho ao Pai, num tempo previsto, dentro da dinâmica evolutiva. Sabendo dissto, é bom e necessário que façamos nossas reflexões sobre como estamos nos conduzindo dentro dessa história, que é nossa.
No Evangelho de Lucas, o Capítulo 16 inicia com uma parábola nos seguintes termos: ” “E dizia também aos seus discípulos: Havia um certo homem rico, o qual tinha um mordomo; e este foi acusado perante ele de dissipar os seus bens. E ele, chamando-o, disse-lhe: Que é isto que ouço de ti? Dá contas da tua mordomia, porque já não poderás ser mais meu mordomo”.
Está bem claro que Jesus se referia a cada um de nós, dentro daquilo que recebemos para os nossos progressos espirituais e que, eventualmente, podemos não administrar bem as riquezas recebidas, como citamos acima.
Na sequência do Capítulo, o mordomo se desespera e diz: “Que farei, pois que, o meu Senhor, me tira a mordomia? Cavar, não posso; de mendigar, tenho vergonha”.
É bom sermos mordomos leais e fiéis, pois chegará o dia em que a Divina Providência pedirá conta da nossa administração, enquanto Espíritos nascidos da luz e que a ela necessitam retornar sábio e virtuoso sem muita detença ou desnecessários atropelos.