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Artigo do Jornal: Jornal Abril 2019
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É muito difícil compreender o comportamento de alguns jovens nos tempos atuais sem que se lance um olhar abrangente na sociedade moderna.

       Vivemos um momento delicado na história da evolução humana.

       Existe um excesso de tudo, e com isso a essência espiritual que somos vai sendo esquecida e buscamos apenas a satisfação das coisas mais imediatas.

       Competitividade excessiva marca essa modernidade que embriaga com o licor da ilusão os agrupamentos familiares.

       A mensagem espírita vem em socorro dos espíritos encarnados e precisamos estar atentos sobre os desafios da educação nesses tempos.

       A questão não é a escola, rica ou pobre, a questão também não passa pelo conteúdo programático revelado pelos currículos escolares.

       A escola da instrução e a família, como sempre foi, e como sempre será, é de fato quem pode oferecer estruturação psicológica para os nossos filhos.

       Não se trata de responsabilizar os pais pelo fato de um filho realizar um atentado contra vida do seu semelhante, mas precisamos ocupar o espaço que a família deve ter na vida de qualquer jovem.

       Quando alguém se queixa que os youtubers estão na moda ditando o comportamento dos nossos filhos, a tal ponto de influenciar milhões de adolescentes que também desejam se tornar youtubers, como se isso fosse possível e uma profissão de vida, nos indagamos sobre o espaço que a família vem perdendo para essas propostas ilusórias.

       Atrás de cada caso de automutilação, de tentativas de suicídio existem dramas familiares muito complexos, que passam por questões dessa e de outras vidas.

       Enquanto pais e educadores precisamos nos interessar e sobretudo, nos importar com o que acontece na vida dos nossos filhos.

       Desde o conteúdo que eles acessam na internet, até as companhias com as quais eles dividem as horas quando estão soltos para as atividades que lhes compete, como ir a escola.

       Sempre apelo para o chavão: “pare de falar com seus filhos e passe a conversar com eles”.

       Precisamos invadir a vida dos nossos filhos, falo isso no sentido de estarmos juntos, participando e compartilhando a nossa vida com eles, e a vida deles conosco.

       Onde a família estiver presente as influências perniciosas perderão espaço.

       O tempo excessivo nas redes sociais, a permanência sem disciplina a frente dos jogos eletrônicos evidencia que a família está ausente.

       Não existe uma receita para auxiliar nossos filhos nos desafios desses tempos onde confunde-se liberdade, que deveria trazer responsabilidade, com a permissividade que faz muitos adolescentes acreditarem que seus desejos são direitos adquiridos.

       Nada substitui a família, tenha ela a configuração que tiver para prevenir enfermidades emocionais e os processos obsessivos que também respondem pelos crimes nas escolas do mundo.

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