Imaginemos que cada um dos nossos pensamentos mais frequentes se transformasse em uma imagem fotográfica. E que tais fotografias dos nossos pensamentos fossem colecionadas durante uma semana e, ao findar desta, reveladas num álbum. Qual seria a nossa sensação ao observar tais imagens? Felizes com as cenas acalentadas cotidianamente? Envergonhados? Surpresos? Nos sentiríamos encorajados em compartilhar o referido álbum de pensamentos com nossos familiares e amigos? Ou esconderíamos a sete chaves?
No capítulo 14 do livro A Gênese, Allan Kardec explana minuciosamente sobre o fluido cósmico universal, a matéria elementar primitiva, i
Dentre os aspectos deste tema desenvolvidos pelo codificador da Doutrina Espírita, temos as criações fluídicas e as fotografias do pensamento. Sim, você leu bem. Fotografia do pensamento. A suposição feita acima é uma realidade constante em nossas vidas.
Estamos mergulhados no fluido cósmico universal; nele, nos movimentamos quais peixes no oceano. E a todo instante, consciente ou inconscientemente, atuamos sobre o mesmo, manipulamos fluido cósmico através dos nossos pensamentos e da nossa vontade.
Os nossos pensamentos mais frequentes, aqueles que alimentamos dia após dia, nos quais injetamos boa dose das nossas emoções, criando imagens fluídicas que se refletem em nosso corpo espiritual (períspirito), como num espelho, quais fotografias.
“Tenha um homem, por exemplo, a ideia de matar a outro: embora o corpo material se lhe conserve impassível, seu corpo fluídico é posto em ação pelo pensamento e reproduz todos os matizes deste último; executa fluidicamente o gesto, o ato que intentou praticar. O pensamento cria a imagem da vítima e a cena inteira é pintada, como num quadro, tal qual se lhe desenrola no espírito”ii
Sendo assim, não é tão difícil aos espíritos desencarnados saber quem somos. Atualizamos frequentemente nosso álbum de fotografias e caminhamos pela vida dando notícias fluídicas dos pensamentos e emoções que acalentamos em nosso íntimo.
i Kardec, Allan. A Gênese. Cap. 14 - Os Fluidos. [Trad. Guillon Ribeiro]. Brasília: FEB, 2013
ii IDEM.