Sempre houve muitas teorias para a explicação da vida e diversas revisões dos paradigmas para explicar o universo. Da Renascença, do século XIV até o século XVI, houve grandes concepções científicas que foram denominadas “A Revolução Científica”.
Dois anos após o surgimento do Espiritismo, Charles Darwin, no ano de 1859, publicou o estudo sobre a luta pela vida, nas ilhas Galápagos, na parte setentrional das Américas, pertencentes ao Equador. Intitulou a obra: A Origem das Espécies por meio da Seleção Natural.
Darwin fundou as bases da teoria moderna da evolução com seu conceito do desenvolvimento de todas as formas de vida por meio de um processo lento de seleção natural. É considerado o “pai da biologia moderna”.
A ciência supõe que a Terra possua milhões de espécies de vida; entretanto, conseguiu classificar em torno de três milhões de espécies. Uma delas é a nossa: Homo sapiens sapiens.
No ano de 1865, oito anos após o surgimento do Espiritismo, Gregor Mendel, um monge agostiniano, de Brno, na República Checa, após estudar ervilhas, com precisão, nos jardins do mosteiro em que vivia, obteve uma série de resultados inesperados, em diversos cruzamentos, descobrindo os fatores “dominantes” e “recessivos”. Tornou-se o “pai da genética”, apesar de seus estudos terem sido ignorados por mais de quarenta anos.
Os resultados dos estudos de Mendel, publicados no jornal da Sociedade de Ciência Natural de Brno, ficaram no esquecimento. O documento só foi valorizado em 1900 por De Vries e, posteriormente, por dois outros biólogos e também por William Bateson, na Universidade de Cambridge. Porém, o mais importante trabalho de redescobrimento da teoria de Mendel foi feito nos Estados Unidos, no ano de 1910, por Thomas Hunt Morgan.
Thomas Hunt Morgan criou um espaço na Universidade de Columbia, New York, que ele denominou Fly Room. Com seus alunos, elaborou as bases da genética moderna descobrindo os genes localizados nos cromossomos das moscas-das-frutas (Drosophila melanogaster).
Em 1950, Linus Pauling, um dos maiores químicos de todos os tempos, concebeu o modelo alfa-hélice para representar a estrutura molecular de uma proteína.
Em 1953, o bioquímico americano James Watson e o biofísico inglês Francis Crick após lerem o livro O que é Vida?, do cientista Erwin Schrödinger, Prêmio Nobel de 1933, ficaram apaixonados pela biologia e, juntamente com o biofísico neozelandês Maurice Wilkins e a química britânica Rosalind Franklin, conseguiram penetrar a invisível célula humana, e no núcleo da célula encontraram o DNA, o ácido desoxirribonucleico, estabelecendo o “dogma central da biologia” (DNA produz RNA que produz proteína), decifrando, assim, o chamado “código genético”.
Continuando a busca da invisível matéria para explicar a vida, surge a Nanotecnologia, no ano de 1959. O físico Richard Feynman, consagrado como o “pai das nanotecnologias”, ao receber o prêmio Nobel de física, começou seu discurso dizendo: “há muito espaço lá embaixo”.
No ano de 1981, Gerd Binning e Heinrich Rohrer inventaram um instrumento denominado microscópio de tunelamento. É o primeiro instrumento que permite tocar, com sua ponta, um único átomo de cada vez, e, ao mesmo tempo, deslocá-lo à vontade. A ponta do microscópio de tunelamento é tão fina que permite realmente tocar um único átomo e até mesmo construir, átomo a átomo, arquiteturas inéditas. Essa ponta torna-se o prolongamento do dedo do cientista. (1)
Mas, afinal, o que é vida? O cientista Christian Joachim, engenheiro de formação, doutor em física matemática e física quântica, diretor da área de nanociências em Tolouse e também diretor de um grupo de pesquisas em Cingapura, pioneiro na pesquisa em nanociências, responsável por diversas descobertas e invenções nesse campo e ganhador de dois prêmios Feynman de Nanotecnologia, afirma:
“Onde se esconde o sopro da vida nos milhões de macromoléculas que constituem uma célula? A resposta a essa pergunta escapa à abordagem científica, a despeito de todas as tentativas empreendidas há séculos. As hipóteses mais modernas estão bem longe de explicar a natureza dessa centelha de vida que distingue a menor bactéria do mais complexo arranjo de átomos e moléculas capaz de se produzir”. (2)
O Espiritismo, a Ciência do Espírito, veio, no momento certo, 18 de abril de 1857, para esclarecer a origem da vida e do universo. O insigne Allan Kardec, ao organizar O Livro dos Espíritos, dedicou as dezesseis questões do capítulo I sobre Deus. Nomeou como a primeira questão, que é Deus? Ao que as Entidades Sublimadas responderam: — “Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas”. (3)
Nessas questões enfeixadas por Kardec, em O Livro dos Espíritos, estão as respostas esclarecedoras dos Espíritos e os comentários robustos do insigne mestre lionês dirimindo quaisquer dúvidas.
O Espírito André Luiz, através da psicografia sublimada de Francisco Cândido Xavier, vem, em 1958, esmiuçar o surgimento da vida:
Vida “é o fluido cósmico, o plasma divino, hausto do Criador ou força nervosa do Todo-Sábio. Nesse elemento primordial, vibram e vivem constelações e sóis, mundos e seres, como peixes no oceano”. (4)
A vida é essência divina. Deus é o criador incriado. “Tudo se encadeia na Natureza, desde o átomo até o arcanjo, que também começou por ser átomo”. (5)
Muita paz!
Notas bibliográficas:
1 – Nanociências, A Revolução do Invisível, Christian Joachim e Laurence Plévert, Zahar.
2 – Idem, ibidem, página 114.
3 – O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – questão 1 – Feb.
4 – Evolução em Dois Mundos – André Luiz, F.C. Xavier, cap. 1 – pág.19 – Feb.
5 – O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – questão 540 – Feb.