Numa comunicação espontânea, obtida em 09 de setembro de 1867, foram direcionadas as seguintes orientações a Allan Kardec: “Primeiro, duas palavras com relação à obra em preparo. Como já o temos dito muitas vezes, urge pô-la em execução sem demora e apressar-lhe quanto possível a publicação”. 1
Nessa época a saúde do codificador da Doutrina Espírita já não era a mesma e muitas foram as comunicações espirituais obtidas nesse período em torno desse tema: “Precisas de repouso; as forças humanas têm limites que o desejo de que o ensino progrida te leva muitas vezes a ultrapassar”.2
Ainda assim, o empenhado professor Rivail seguiu fielmente as orientações sobre a obra em andamento. Apenas alguns meses depois, em 06 de janeiro de 1868, foi publicada a primeira edição do livro “A Gênese – os milagres e as predições segundo o Espiritismo”. Uma das obras básicas do Espiritismo que completou há pouco 150 anos.
Particularmente, levamos algum tempo para estudar esta obra e depois de vencida a inércia, não mais pudemos descuidar da mesma, tamanha a sua importância. Princípios espíritas, apresentados em obras anteriores, foram aprofundados. Assim como aspectos filosóficos e científicos foram amplamente discutidos e desenvolvidos.
Nas palavras do Espírito São Luís: “A questão de origem que se prende à Gênese é para todos uma questão apaixonada. Um livro escrito sobre esta matéria deve, em consequência, interessar a todos os espíritos sérios”. 3
Sendo assim, nos próximos meses, objetivamos compartilhar aqui algumas reflexões em torno dessa publicação de significativa importância para nossos estudos espíritas.
1Kardec, Allan. Obras Póstumas. “Minha nova obra sobre a Gênese”. (p.365-366). [trad. Guillon Ribeiro] – RJ: FEB, 2009.
2Kardec, Allan. Obras Póstumas. “Instrução relativa à saúde do Sr. Allan Kardec”. (p.350). [trad. Guillon Ribeiro] – RJ: FEB, 2009.
3Kardec, Allan. Revista Espírita 1868. “Apreciação da Obra A Gênese”. (Fevereiro de 1868). [trad. Evandro Noleto Bezerra] – RJ:FEB, 2004.