A bebida alcoólica é a droga mais antiga dentre as quais se têm conhecimento, sendo facilmente obtida a partir da fermentação de sumos vegetais, pela ação de fungos e bactérias saprófitas.
O alcoolismo apresenta-se como um vício que se caracteriza pelo consumo compulsivo de bebidas alcoólicas, levando os indivíduos a uma degradação crescente, atingindo a vida particular, prejudicando sobremaneira as atividades profissionais e familiares, a ponto de fazer o indivíduo mergulhar em um profundo e avassalador abismo. Em verdade, os seres subjugados ao álcool situam-se como débeis escravos, subordinados a algozes espirituais, cruéis e torturadores, capazes, infelizmente, de conduzi-los à morte prematura, sendo, então, recebidos, nas paragens espirituais, como suicidas indiretos.
É lamentável que uma substância possa proporcionar tanto estrago, atingindo, além de órgãos importantes como o fígado, o psiquismo, acarretando perda da autoestima, associada à falta de estímulo para o trabalho e exibindo, em grande proporção, um comportamento antissocial, até mesmo sóciopático. É comum o viciado portar condutas agressivas graves, que podem levá-lo ao crime.
A doença tem suas raízes nas estruturas mais profundas do Espírito, justificando o porquê de o álcool conseguir produzir estragos de grande proporção, com danos físicos e morais de grande proporção, a par de outras pessoas que bebem e não adoecem.
O alcoolismo é, também, uma enfermidade espiritual, podendo ser enquadrada como obsessão, no caso específico conhecido como subjugação na medida em que uma entidade espiritual não esclarecida domina outro ser, impondo sua vontade, tiranizando-o, vampirizando-o à vontade.
Quanta infelicidade! Quando vivo, encarnado, situava-se numa faixa de dependência absoluta, desprezando o tratamento clínico, sentindo-se como um autêntico zumbi. Agora, liberto dos liames terrenos, continua jungido às impressões mais deletérias, ávido de sensação das mais inferiores, tornando-se, com grande infelicidade, um autêntico vampiro espiritual, à procura de uma vítima, igualmente vítima como ele do abrasador vício.
Em contato com os viciados encarnados, suga os vapores, exatamente a parte etérea da droga, com avidez, retirando-a da atmosfera física e do perispírito do ser viciado. Em verdade, existe uma verdadeira simbiose, entre o voraz vampiro e seu possuído. O primeiro torna-se parceiro do segundo, induzindo-o com persistência ao vício e desejoso sempre de satisfação, querendo sempre mais, nunca se satisfazendo, buscando até mesmo outros companheiros encarnados, mergulhados no lodaçal do vício. Enquanto sorve a essência extrafísica da droga, igualmente absorve a energia vital do comparsa, ato extremamente gratificante para si, porquanto, possuindo uma vestimenta espiritual excessivamente densa e sem capacidade de haurir energia natural, necessita com veemência desse grosseiro “alimento”.
Importante que o viciado procure o tratamento médico, psicológico e espiritual, sabendo, de antemão, que a cura só acontecerá a partir do próprio paciente, procurando com esforço próprio o restabelecimento da sua saúde.