ptenfrdeites
Artigo do Jornal: Jornal Agosto 2017
Compartilhe

       A ciência não evolui; evoluem os cientistas. A vida é imutável em todos os aspectos, em todas as suas manifestações. A ciência é a lei natural, lei de Deus. “Eterna e imutável como o próprio Deus” (1).

       Não existe sobrenatural, paranormal e anormal. Tudo é natural.

       Quando dizemos que a ciência está evoluindo, queremos dizer que tem havido um avanço no conhecimento dos cientistas, que trabalham, arduamente, em determinada direção, para descobrir e aumentar o entendimento humano das leis da Natureza e do Universo para o progresso da humanidade.

        “A harmonia que reina no Universo material, como no Universo moral, se funda em leis estabelecidas por Deus desde toda a eternidade” (2).

       “Todas as leis da Natureza são leis divinas, pois que Deus é o autor de tudo. O sábio estuda as leis da matéria, o homem de bem estuda e pratica as da alma” (3).

        Evolui a criatura humana em todos os aspectos: científico, filosófico, religioso, nas ideias artísticas, nas letras, nas tecnologias, e, sobretudo, em suas atitudes morais perante o próximo, na vida de relação. Essa é a destinação da vida do Espírito, na Terra e em qualquer parte: evoluir.

       “Deus é amor. Amor que se expande do átomo aos astros. Mas é justiça também. Justiça que atribui a cada espírito segundo a própria escolha. Sendo amor, concede à consciência transviada, tantas experiências quantas deseje a fim de retificar-se. Sendo justiça, ignora quaisquer privilégios que lhe queiram impor” (4).        

       O insigne mestre Allan Kardec perguntou às entidades sublimadas, no período de construção da doutrina dos Espíritos:

       “— Que definição se pode dar da moral? ”

       E recebeu como resposta definitiva:

       “— A moral é a regra de bem proceder, isto é, de distinguir o bem do mal. Funda-se na observância da lei de Deus. O homem procede bem quando tudo faz pelo bem de todos, porque então cumpre a lei de Deus” (5).

       A evolução é lei da Natureza. Constatamos, estupefatos, os acontecimentos drásticos no Brasil e no mundo. Vemos a confusão reinante mostrando-nos, claramente, que há uma transformação explícita em todos os setores da atividade humana, e, sem volta, preconizando nossa mudança de atitude.

       O mundo, com suas culturas diversificadas, em vez de promover o indivíduo, embota-o, fazendo com que ele se deixe levar, muitas vezes, pelos caminhos da anarquia e da inconsequência, privando-o da lucidez e do livre-arbítrio, condicionando-o, como os cães de Pavlov à campainha que anuncia a comida.

       As entidades sublimadas responderam a Allan Kardec: “Há virtude sempre que há resistência voluntária ao arrastamento dos maus pendores” (6).

       Evolução é transformação, e quando falamos em transformar, falamos em educação, que, na realidade, é autoeducação, porque educar significa “tirar de dentro de nós”; educere, “evolver de dentro para fora”. Para isso, torna-se necessário lutar contra os nossos maus hábitos enraizados em nossa personalidade (máscara, do latim persona) e substituí-los por hábitos nobres que nos levem à formação do bom caráter. A palavra caráter, etimologicamente, do grego charaktér, quer dizer: gravação, impressão, marca; portanto, caráter constitui a nossa marca, a gravação que fazemos em nosso consciente por meio das experiências análogas repetidas. A educação é a aquisição de hábitos que formam o caráter (7).

       Precisamos, portanto, aproveitar cada vez mais as oportunidades que nos conclamam às mudanças de atitudes, tendo esforço constante em direção ao bem, porque seremos o que fizermos de nossas vidas.

       O homem de bem, descrito com perfeição no capítulo XVII, de O Evangelho Segundo o Espiritismo, “não é egoísta e faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma. Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las”.

       Somos os construtores do nosso destino. Deus dotou-nos com o livre-arbítrio, colocando sobre os nossos ombros a responsabilidade da nossa evolução.

Muita paz!

 

Dados bibliográficos:

1 – O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – Questão 614 – capítulo I, parte 3ª – Feb.

2 – Idem, ibidem, questão 615.

3 – Idem, ibidem, 617.

4 – Justiça Divina – Emmanuel – Francisco Cândido Xavier – 4ª ed. Pág. 120 – Feb.

5 – O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – Questão 629 – Capítulo I, parte 3ª – Feb

6 – Idem, ibidem, Q.893.

7 – Os Morfeus do Sonho – Itair Rodrigues Ferreira – 2ª ed.–  pág. 46 – Emican Editora.

Compartilhar
Topo
Ainda não tem conta? Cadastre-se AGORA!

Entre na sua conta