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Artigo do Jornal: Jornal Agosto 2017

Sobre o autor

Fátima Moura

Fátima Moura

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Muito se tem comentado sobre uma maior presença e participação do jovem na Casa Espírita. Maravilhoso seria o dia em que jovens procurassem uma Casa Espírita, não só como assistentes passivos, necessitados ou curiosos, mas sim a fim de se engajar em novos projetos ou dar continuidade a algum trabalho já realizado, seguindo os preceitos de caridade e amor ao próximo divulgados em nossas evangelizações, mas, para que isso ocorra de forma satisfatória, é preciso que possamos abrir mais espaço para que eles possam se expressar de maneira adequada, gerando condições para um trabalho profícuo e apoiado nas bases Doutrinárias.

O mesmo se dá com as reuniões de estudo sistematizado, nas reuniões de desobsessão e também nas Mocidades; o número de espíritos nessa faixa etária é também ainda insuficiente, se comparado aos de outros segmentos. Tantos jovens poderiam estar mais atuantes, ministrando palestras, organizando eventos, investindo na divulgação Doutrinária, mas são impedidos por causa da rigidez de algumas Instituições, e da não valorização de suas ideias, que não permitem que o jovem crie e viabilize seus próprios projetos.

É verdade que o jovem tem buscado a Casa Espírita, mas a Casa Espírita, em muitos casos, ainda não tem sido para ele o lugar onde consiga atuar e dar expansão aos seus anseios de melhora. Investimos no jovem através da evangelização, mas não oferecemos a ele condições necessárias para que desenvolva seus saberes e crie seu próprio espaço de integração e interação.

Priorizar assuntos de interesse do jovem, tais como: namoro, sexualidade e conflitos encontrados na família, podem operar e transformar esses encontros destinados ao público juvenil em verdadeiros momentos de alegria e instrução, porque vai aproximá-los de sua própria realidade e ajudá-los a reconhecer e a enfrentar problemas semelhantes, assim como irá oferecer através de um estudo consciente de nossa Doutrina, a explicação para muitos questionamentos pertinentes a sua faixa de idade.

O jovem é e pode muito. É ousado, dinâmico e é capaz de investir e inventar grandiosos projetos direcionados a minimizar a dor de seus irmãos de caminhada, pode falar de igual para igual, e através de sua vivência, do seu momento, sensibilizar outros irmãos jovens para o estudo e o conhecimento que nos levará a todos, a um caminho de regeneração.

Thiago Brito, um jovem músico que divulga seu trabalho através de todo o Brasil, tem feito um chamamento incrível dos jovens através de suas músicas. O trabalho de Literatura que está sob minha responsabilidade está direcionado de maneira especial ao jovem, que me escreve, que lê os livros, que opina e pede sugestões sobre trabalhos a serem desenvolvidos por ele, o que me faz dedicar muito do meu tempo a desenvolver novos projetos destinados a eles, já que evangelizei e lecionei durante vinte e cinco anos para jovens e adolescentes.

Iniciei minha incursão mediúnica aos doze anos de idade e ainda hoje posso me lembrar do quanto a menina sequiosa de conhecimento aprendeu sobre a Doutrina e estudou sobre os fenômenos advindos desse estudo. Hoje, lamentavelmente, as nossas mesas mediúnicas não abrem espaço para que o jovem possa atuar e trabalhar a sua mediunidade de forma mais consistente. Precisamos repensar essas atitudes e atividades, oferecendo ao nosso jovem um espaço onde ele possa exercitar tudo aquilo que aprende através de nós mesmos.

Doutrina espírita é conhecimento, é movimento, mas é também dinamismo. Estejamos atentos!

A Juventude representa uma fase importante para o espírito nessa fase da vida e a integração do jovem na Casa Espirita pode trazer inúmeros benefícios para todos os envolvidos. Pensemos nisso!

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