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Artigo do Jornal: Jornal Dezembro 2017

Sobre o autor

Fátima Moura

Fátima Moura

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No mês em que comemoramos essa data tão especial não só para nós espíritas, mas para toda a humanidade, que é o Natal, o nascimento do Cristo Jesus, nosso modelo e guia, sinto-me emocionada ao redigir essas linhas.

Particularmente eu amo o Natal e a aproximação desse momento festivo me transporta a um estado de muita alegria, despertando em mim a mais pura emoção. Independente do aparato comercial que envolve essa data, eu me esforço para enxergar nesse dia e naqueles que o antecedem, o momento de recomeçar, de repartir, de renascer.

Não sei se essa felicidade, esse estado de êxtase está atrelado a outras épocas, a outras encarnações; o que sei é que o Natal é para mim um momento extremamente especial e devo confessar que aguardo por ele ansiosamente durante todos os meses do ano.

Também dessa vida guardo maravilhosas recordações da infância. Família grande, reunida em volta da mesa, tios e primos, muito carinho e amor envolvidos, em meio a um clima de muita magia e reverência ao aniversariante do dia. Ainda hoje, quando começam os preparativos natalinos, aprecio andar pelas ruas da cidade, caminhar nos shoppings, pensar nas pessoas que gostaria que estivessem ao meu lado, mas igualmente também procuro me fazer feliz ao me doar no serviço voluntário de nossa Casa e de tantas outras, ver o que consigo fazer para ajudar aos inúmeros pedidos que nos chegam, preparar brinquedos com sucata, ou qualquer outro material que possa ser reaproveitado, invenções da professora de educação artística aposentada que sei poder levar alegria a outras pessoas.

Ao redigir esse artigo, me vem a mente uma canção do grupo de MPB Roupa Nova, intitulada “Natal todo dia”. Um trecho da letra diz assim: “Se a gente é capaz de espalhar alegria, se a gente é capaz de toda essa magia, eu tenho certeza que a gente podia fazer com que fosse Natal todo dia”.

Quem dera tivéssemos Natal os 365 dias do ano, para podermos festejar, dançar, cantar, mas também para ajudar aos nossos semelhantes em suas necessidades, seguindo o exemplo D’Ele, através do seu amor.

Como nos diz o espírito Emanuel, através da psicografia de Francisco Cândido Xavier, no livro: Fonte da Paz, o Natal é a oportunidade de curar as nossas próprias fraquezas retificando atitudes menos felizes ou de esquecer as faltas alheias para conosco, restabelecendo os elos da harmonia quebrada entre nós e os demais, em obediência à lição da desculpa espontânea, quantas vezes se fizerem necessárias.

Quando Jesus veio à Terra nos falar de sua missão, o mundo atravessava um momento crítico, mas Ele nos deixou suas ideias e ideais, falou da importância de amar ao nosso próximo como a nós mesmos, tendo como principal objetivo educar as nossas almas para que pudéssemos disseminar esses ensinamentos ao longo do tempo.

Dizem os pessimistas que pouca coisa mudou, em relação àqueles dias, que o mundo evolui em ciência, mas não em amor. As palavras do Cristo ressoam em nossas mentes a mais de dois mil anos e ainda estamos muito aquém de colocar em prática o compromisso assumido por nós junto a Ele em suas dores no calvário.

Particularmente quero acreditar que não. Estudando a Doutrina Espírita, aprendemos que quando começarmos a compreender os seus ensinamentos verdadeiramente, começaremos a entender que o tempo de receber e expandir todo o amor que Ele, o Cristo nos deixou não precisa de hora marcada, nem motivos externos.

Creio firmemente nisso. Se olharmos com olhos de ver, com as cores e a magia contidas em nosso sentimento, veremos que é através de cada um de nós que Jesus poderá nascer em nossos corações todos os dias se assim desejarmos. 

Então, que seja essa a nossa reflexão. Que seja sempre Natal em nossos corações, em todos os dias de nossa vida!

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