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Artigo do Jornal: Jornal Maio 2017
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Na busca incondicional pela felicidade, querendo ser feliz a qualquer preço, tornamo-nos cada vez mais egoístas, enveredamos por caminhos que nos desviam do nosso roteiro predeterminado, escolhido por nós mesmos em nossas ações como espírito imortal.

Jesus, o Cristo de Deus, veio trazer-nos a Lei de Amor, exemplificando-a durante todo o tempo, mostrando como se faz, fazendo. Enalteceu a solidariedade, a união entre as pessoas, servindo sempre, amando e perdoando, sem ferir nem condenar ninguém.

Os Espíritos superiores responderam ao insigne Allan Kardec que o “objetivo único da vida é fazer o bem”. (1)

Ser feliz é a consequência das boas atitudes praticadas: bom pensamento, boa palavra e boa ação em nossa vida de relação. Nada, nem ninguém, pode tornar-nos felizes, senão nossa própria experiência no bem, educando os nossos sentimentos.

Ser bom é o objetivo da vida. É fundamental treinarmos o bem, a fim de que o bem cresça em nós.

Viktor Frankl, professor de Neurologia e Psiquiatria da Universidade de Viena, foi prisioneiro nos vários campos de concentração nazistas, na Segunda Grande Guerra Mundial, especialmente no terrível campo de Auschwitz, onde seres humanos eram tratados pior do que os animais. Lá, toda a sua família morreu nos fornos crematórios: seu pai, sua mãe, seu irmão e sua esposa. Mesmo assim, enquanto sofria os horrores da tortura nesses campos, ele só pensava em como deveria, quando saísse dali, transformar aquela experiência nefasta em prol da felicidade do ser humano.

Ele diz, em seu principal livro, Em Busca de Sentido, que “ a única coisa que sobrou é a última liberdade humana — a capacidade de escolher a atitude pessoal que se assume diante de determinado conjunto de circunstâncias”, e, “a vida é um jogo de circunstâncias que todo espírito deve entrosar para o bem, no mecanismo do seu destino”. (2)

E Viktor Frankl escolheu ser bom, fazer o bem.

Quando ele foi libertado pelos aliados, em 1945, criou a Logoterapia, a “terceira escola vienense de psicoterapia”. As duas primeiras são: a Psicanálise, de Sigmund Freud, e a Psicologia Individual, de Alfred Adler.

Frankl obteve sucesso, extraindo de suas dores a experiência positiva para distribuir a toda a humanidade: a cana, para liberar o açúcar, tem de passar na moenda. Dizia aos seus alunos:

“A felicidade não pode ser perseguida, ela deve acontecer, e só tem lugar como efeito colateral de uma dedicação pessoal a uma causa maior que a pessoa, ou como subproduto da rendição pessoal a outro ser. A felicidade deve acontecer naturalmente”.

Viktor Frankl, esse fabuloso homem, ao fim da guerra, em 1945, tinha 40 anos quando foi libertado. Imbuído do propósito de ajudar as pessoas a dar um sentido às suas vidas, viveu ainda mais cinquenta e dois anos, fazendo o bem. Morreu em 1997, com 92 anos, deixando uma larga contribuição à humanidade. (3)

Albert Einstein, o grande gênio científico do século XX, disse: “Procure ser uma pessoa de valor em vez de procurar ser uma pessoa de sucesso. O sucesso é só consequência”.

Procurar ser uma pessoa de valor significa penetrar no universo do mundo interior e, por meio do autoconhecimento, melhorar a nossa conduta, com perseverança, usando o tempo, esse patrimônio divino, distribuído com equidade a todos, sem distinção.

Dentro de nós, em nosso Eu transcendental, encontra-se o reino de Deus, o reino do bem, mas também o reino do mal. O amor não tem lugar onde o ódio ocupa todo o espaço. A escolha é nossa. A felicidade também se caracteriza por sentimentos de gratidão, paz interior, autoperdão e perdão ao próximo. Carinho por nós mesmos e pelos outros. Quem é feliz tem uma melhor qualidade de vida e vive mais tempo.

Devemos treinar, diariamente, as virtudes que possuímos; olhar para as pessoas com os olhos cheios de amor, a fim de que o amor, que jaz em estado latente, possa se desenvolver; despertar com bom humor e procurar mantê-lo durante todo o nosso dia. Sorrir o máximo que pudermos; sair da ociosidade, tendo atividade constante, e perdoar incondicionalmente, como também pedir perdão quando erramos, porque errar é inevitável em nosso estágio de vida. (4)

Compreendendo o propósito de nossa vida na Terra, encontraremos, diariamente, infinitos recursos para amar, perdoar e servir, como estratégias para ser feliz.

Muita paz!

 

Dados bibliográficos:

1 – O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – Feb – capítulo X, parte 3ª, q.860.

2 – Há Dois Mil Anos – Emmanuel – Francisco Cândido Xavier – pág. 21 – Feb.

3 – Os Morfeus do Sonho – Itair Rodrigues Ferreira – Emican Editora – 2ª edição, págs. 27/28.

4 – Século XXI – A Era do Sentimento – Itair Rodrigues Ferreira – Emican Editora–pág. 116.

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