
Ao acordar, ligo a televisão. Um sentimento de vergonha e impotência se apodera do meu coração. Pessoas que deveriam lutar pelo bem comum, se expõem de forma vergonhosa e infame. Um caos. Ao abrir a internet, mais essa notícia vem abalar a todos nós, pais, responsáveis, professores, cuidadores.
Chamado de Blue Whale (Baleia Azul, em português), o game é uma espécie de desafio em que, como último ato, o jogador é orientado a cometer suicídio. Os primeiros dois casos foram registrados na Rússia, onde o jogo da Baleia Azul teria surgido, mas, hoje, já temos alguns casos investigados no Brasil. Entre eles, uma jovem de 13 anos, moradora de Belo Horizonte, e um rapaz de 19 anos em Pará de Minas, na região Central do Estado. A mãe do rapaz contou aos policiais que o socorreram, que ele participava de um grupo no Facebook chamado Baleia Azul e que havia mudado de comportamento desde que começou a participar do jogo.
O desafio da 'Baleia Azul', é uma armadilha. Uma mãe de Santa Catarina, em entrevista concedida a jornais locais, disse que por muito pouco o filho adolescente não perdeu a vida. Segundo ela, o rapaz de 15 anos tentou o suicídio duas vezes. Contou que o filho foi instigado para participar do jogo em um grupo de conversas no celular. O convite veio em uma rede social. No grupo, eles conversam, recebem as regras e as normas de como participar. Os cortes no corpo são parte dos desafios que quem entra no grupo precisa cumprir. As fotos são usadas para comprovar que o desafio foi cumprido. Nos últimos dias, ela notou o comportamento estranho do filho. Depois disso, a mãe se passou pelo adolescente para saber o que acontecia no grupo e descobriu que quem tenta sair é ameaçado.
Os "curadores" da "Baleia Azul" fazem uma espécie de busca na Internet por pessoas que costumam "dar dicas" de vulnerabilidade emocional em publicações nas redes sociais, afirmam psicólogos consultados sobre a prática.
Na mesma semana, uma série chamada 13 Reasons Why? (Os 13 Porquês, em tradução livre) ocupa também destaque na mídia. Foi produzida pela Netflix, e conta o drama de uma adolescente que decide se matar após sofrer bullying na escola. Ao longo do filme, a personagem Hannah deixa gravações para explicar os motivos que a levaram a tirar a própria vida. Segundo os críticos, “Irresponsável em sua abordagem e ao encenar com detalhes o suicídio de Hannah, a série vai de encontro a várias das recomendações feitas pela própria OMS quanto à forma com que o suicídio deve ser tratado pela mídia”.
O Brasil é o oitavo país com maior número de suicídios. Em 2012, foram registrados 11.821 casos, um número bastante alarmante.
Allan Kardec, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 5, diz que “a calma e a resignação adquiridas na maneira de encarar a vida terrena, e a fé no futuro, dão ao espírito uma serenidade que é o melhor preservativo da loucura e do suicídio”.
Jovem, fique atento! Não se deixe manipular. A Vida é produtiva e bela, e é através dela que poderemos glorificar o aprendizado que recebemos aqui e agora, e que se estende muito além do campo da matéria, para a dimensão do espírito. Pense sempre nisso!