
Há mais de dois mil anos, Jesus dizia da existência na sociedade humana de lobos em pele de ovelha, referindo-se àquelas pessoas que fingem ser mansas, pacíficas, humildes quando estão em sociedade, diante dos outros, mas que em verdade são hipócritas, intrigueiras, falsas, realizando nos bastidores o mal contra este e aquele. E quem não conhece alguém assim, que na sua frente sorri, abraça, deseja paz, mas longe de você fofoca, deseja o mal, desdenha? Infelizmente ainda é um quadro comum, e que em família provoca verdadeiras tragédias. Temos que estar precavidos com essas pessoas, pois elas costumam ser ardilosas, fingindo ser o que não são, e dando conselhos que na verdade não são bons.
Mas, cuidado! Muitas vezes somos nós mesmos os que falam do Evangelho e não o praticam. Somos nós que batemos no peito para nos afirmarmos espíritas, sem a contrapartida real da vivência de seus princípios. Diante da lei divina vamos ser assemelhados a lobos que parecem ovelhas, mas que em verdade estamos muito longe de ser bom exemplo.
Com o Espiritismo aprendemos a necessidade da transformação moral verdadeira, sincera, paulatina e perseverante, para sermos homens e mulheres de bem, sabendo compreender, respeitar, compartilhar, semeando a paz, a bondade, a solidariedade e a caridade. E onde tudo isso deve ser vivido em primeiro lugar? No lar, na família, eis a resposta.
Que adianta dizer “eu te amo” se através das redes sociais publicamos palavras ferinas, imagens degradantes contra a pessoa a quem na intimidade dizemos amar? Ou fofocamos sobre sua vida, acrescentando sempre algo mais? É claro que, nesse caso, apenas estamos fingindo ser uma ovelha, quando na verdade somos um lobo que não mede esforços para atacar e denegrir sua vítima.
Tomemos cuidado com nosso comportamento, com nossas atitudes, com nossos pensamentos e palavras, que devem refletir na maior pureza possível os ensinos morais de Jesus, revividos pelo Espiritismo, que nos fortalece para sermos servidores fieis do Evangelho em todas as circunstâncias da vida.