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Artigo do Jornal: Jornal Outubro 2016

Sobre o autor

Melissa Santos

Melissa Santos

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Muitos podem achar que política e Espiritismo não tem nada a ver. Mas isso é falso! O Espiritismo vem nos esclarecer e ajudar em todos os aspectos da vida: “nós trabalhamos para dar a fé aos que em nada creem; para espalhar uma crença que os torna melhores uns para os outros, que lhes ensina a perdoar os inimigos, a se olharem como irmãos, sem distinção de raça, casta, seita, cor, opinião política ou religiosa; numa palavra, uma crença que faz nascer o verdadeiro sentimento de caridade, de fraternidade e deveres sociais”, escreveu Allan Kardec, na Revista Espírita de 1863.

       O voto é um ato de cidadania e também um exercício de fraternidade. O Brasil vive um momento de ebulição política. E se faz, mais do nunca, indispensável a vigilância, para que possamos respeitar as opiniões alheias contrárias as nossas, evitar brigas partidárias e entender que políticos também estão no mesmo barco evolutivo que nós.  Você já parou para pensar quantas vezes orou ou pediu bênçãos e luz para nossos vereadores, prefeitos, deputados, senadores e até presidentes?

       No capítulo 13 de O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec pergunta: “é acertada a beneficência, quando praticada exclusivamente entre pessoas da mesma crença ou do mesmo partido?” E a resposta dada pelo Espírito São Luís é: “não, portanto precisamente o espírito de seita e de partido é que precisa ser abolido, visto que são irmãos todos os homens.”

       Não quero dizer com isso, que devemos fechar os olhos para o incorreto. Como tudo na vida, é preciso ter o bom senso. E mais ainda: é preciso amar como nos ensinou Jesus. Como cidadãos que zelam por uma sociedade melhor, devemos fiscalizar o trabalho de quem é eleito e  deveria representar o povo. Denunciar a órgãos competentes, verificar se as promessas foram cumpridas, buscar informações por diversos veículos de comunicação e só a partir daí tirar as conclusões, votar nos fichas limpas... tudo isso faz parte deste exercício de fraternidade. Cada vez que ajudamos a reeleger um candidato que já sabemos que pode falhar perante a sociedade, estamos colaborando para que as benfeitorias não sejam feitas.

       Neste mês, acontecem as eleições municipais em quase todo o Brasil. Ao prefeito cabe a administração da cidade, a elaboração de políticas públicas para garantir o bem-estar e qualidade de vida. Já os vereadores tem a função de fiscalizar o Prefeito, encontrar soluções para os problemas e elaborar leis para a cidade.

       Na questão 781, da Lei do Progresso, de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec pergunta se o homem pode paralisar a marcha do progresso. E os Espíritos respondem que não, “mas tem, às vezes, o de embaraçá-la.” Na colocação seguinte, Kardec complementa: “que se deve pensar dos que tentam deter a marcha do progresso e fazer que a Humanidade retrograde?”, e a resposta é: “pobres seres, que Deus castigará! Serão levados de roldão pela torrente que procuram deter.” Os Espíritos deixam claro, na questão 785, que o orgulho e o egoísmo são o maior obstáculo ao progresso. E nos advertem na 895, que o interesse pessoal é o sinal mais característico da imperfeição. Por isso, não podemos votar pensando em presentinhos, futuros empregos ou simplesmente por simpatia aos candidatos.

       É de nossa responsabilidade fazer o que é o correto! Como nos diz Emmanuel, no livro Fonte Viva, psicografia de Chico Xavier, na lição intitulada “Obreiros atentos”: “o discípulo da Boa Nova, que realmente comunga com o Mestre, antes de tudo compreende as obrigações que lhe estão afetas e rende sincero culto à lei de liberdade, ciente de que ele mesmo recolherá nas leiras do mundo o que houver semeado.”

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