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Artigo do Jornal: Jornal Março 2015

Sobre o autor

Fátima Moura

Fátima Moura

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Hoje, quando se dá o início das aulas na maioria das escolas de ensino regular, eu, como professora que ainda luta e labuta em seu mister, juntei-me ao bando de jovens despreocupados e alegres que atravessavam as ruas do bairro em direção à escola.

Caminhando com cuidado e mantendo-me na retaguarda, para melhor observá-los em sua alegria descompromissada, observei em alguns, além da algazarra própria dos anos juvenis, um extremo desejo de exibição, uma necessidade incontida de se impor ao grupo através de suas posses.

Parados na porta da escola, exibiam suas mochilas de marca, seus tênis de cano alto e cores berrantes, a fim de conquistar novos amigos pelas condições de suas posses. Observei ainda, que aqueles que não se adequam aos padrões estabelecidos pelo “grupo”, ficariam assim meio excluídos daquela enxurrada de cores e formas, num mundo a parte dentro da obscuridade.

Na sala de aula, apresentando de uma dinâmica de apresentação, não temos realidade diferente. Quando perguntamos “o que você deseja ser ou que profissão deseja seguir”, a resposta não nos surpreende na quase totalidade das respostas:

- “Quero ser rico, professora, ou então jogador de Futebol”, porque ele vai ficar muito rico também!

O espírito Joanna de Ângellis, em uma mensagem bastante reflexiva contida no livro Adolescência e Vida, sob a psicografia de Divaldo Pereira Franco, nos esclarece sobre o comportamento atual dos jovens:

“Vivendo antes em um mundo especial, cujas fronteiras não iam além dos limites do lar e da família, no máximo da escola, rompem-se, agora, as barreiras que o detinham, e surge um campo imenso, ora fascinante, ora assustador, que ele deve conhecer e conquistar, a fim de situar-se no contexto de uma sociedade que se lhe apresenta estranha, caprichosa, assinalada por costumes e atitudes que o surpreendem. Os seus pensamentos primeiros são de submeter tudo a uma nova ordem, na qual ele se sinta realizado e dominador, alçado à categoria de líder reformista, que altere a paisagem vigente e dê-lhe novos contornos. Lentamente, à medida que se vai adaptando aos fatores predominantes, percebe que não é tão fácil operar as mudanças que pretendia impor aos outros, e ajusta-se ao ‘modus operandi’ existente ou contribui para as necessárias e oportunas alterações por que passam os diferentes períodos da cultura e do comportamento humano”.

Pais e educadores ainda desavisados, muitas vezes não atentam para a grandiosa oportunidade de reeducação pessoal em que estamos todos envolvidos, ao se envolverem ou perceberem situação como essa.

Quanto a nós, espíritas, valorizemos a importância das evangelizações das Casas Espíritas cujo objetivo é formar jovens e adolescentes mais amadurecidos psicologicamente, a fim de que possam entender e despertar para a importância das virtudes, a busca do conhecimento, autoaprimoramento na vida e em sociedade.

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