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Artigo do Jornal: Jornal Outubro 2014
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Há 210 anos, nascia na cidade de Lião, França, no dia 3 de outubro de 1804, Hippolyte Léon Denizard Rivail, fiel discípulo de Jesus, escolhido por Ele, com a missão de desvendar o ignorado mundo dos espíritos e interpretar o Seu Evangelho, em espírito e verdade.

O cenário da época era de profundo materialismo, cristalizado pela Revolução Francesa, em 14 de julho de 1798, e fortalecido com o lançamento do Manifesto Comunista, em 31 de março de 1848, por Karl Marx e Friedrich Engels, fundando o “comunismo científico”.

Rivail, com a idade de dez anos, foi matriculado por seus pais no Instituto de Educação, em Yverdon, cidade suíça, para estudar com o “pai” da pedagogia moderna, Johann Heinrich Pestalozzi. Essa preparação foi importante, pois “aprender é recordar”, no dizer de Platão.

No Instituto, com a orientação constante de Pestalozzi, que fundou o edifício do ensino novo baseado na intuição, partindo do princípio: “a intuição é a fonte de todos os nossos conhecimentos”, Rivail recordou sua trajetória de educador na fieira das reencarnações, bem como, aquilatou-se moralmente, ouvindo do próprio Pestalozzi que: “o amor é o eterno fundamento da educação”.

Aos 18 anos publicou seu primeiro livro, dos mais de 20 títulos de livros didáticos, Curso Prático e Teórico de Aritmética, que foi republicado durante décadas como obra básica de ensino, adotada, como os demais livros, nas escolas e universidades da França. Todos eles estampavam na capa o nome do autor: H.L.D. Rivail, que se tornou muito famoso.

Como não existe acaso, no mesmo dia em que surgiu o Manifesto Comunista, 31 de março de 1848, a Providência Divina enviou os primeiros raps (batidas) na residência da família Fox, na aldeia de Hydesville, no condado de Wayne, na cidade de New York, EUA, com a participação das jovens Kate e Margareth Fox. Elas descobriram através de códigos estipulados que o espírito batedor era um jovem mascate de nome Charles B. Rosma, que havia sido ali assassinado e enterrado.

O fenômeno das batidas se espalhou pela América e chegou a Europa, precisamente na França, inaugurando o grandioso movimento espiritista mundial, com o levantamento de cadeiras e mesas, que giravam e dançavam sem a participação física direta, tornando-se um espetáculo em todos os locais de entretenimento.

Desde os 19 anos, o professor Rivail era estudioso entusiasmado dos fluidos magnéticos e seguidor das experiências feitas com as energias desconhecidas, pelo médico alemão Franz Anton Mesmer, criador do Magnetismo Animal, mas viu com ceticismo a proliferação daqueles acontecimentos.

No ano de 1854, um seu amigo magnetizador, de nome Fortier, convidou-lhe para visitar um dos locais onde se davam os fenômenos, dizendo-lhe que as mesas giravam e respondiam às perguntas. Ao que ele respondeu:

— “Só acreditarei quando o vir e quando me provarem que uma mesa tem cérebro para pensar, nervos para sentir e que possa tornar-se sonâmbula. Até lá, permita que eu não veja no caso mais do que um conto da carochinha.”

Foi como racionalista estudioso, isento de misticismo, que ele participou de uma reunião das “mesas falantes”, aceitando o convite da Sra. Plainemaison, na Rua Grange-Batelière, nº 18, em maio de 1855, presenciando pela primeira vez o fenômeno das mesas que giravam, saltavam e corriam, “em condições tais — depõe ele mesmo — “que não deixavam margem a qualquer dúvida”.

Aos 50 anos passou a frequentar às reuniões e recebeu a revelação do Espírito Zéfiro, seu amigo do passado e, hoje, protetor da família Baudin, de que ele fora professor dos druidas, nas Gálias, com o nome de Allan Kardec, na época do imperador Júlio César, entre 58 e 44 anos antes de Cristo.

Assim surgia ALLAN KARDEC.Com 52 anos, em 18 de abril de 1857, publicava O Livro dos Espíritos, o marco inicial do Espiritismo.

Nosso preito de gratidão ao insigne codificador do Espiritismo.

Muita paz!

BIBLIOGRAFIA

- Allan Kardec — (Pesquisa Biobibliográfica Ensaios de Interpretação) — Zêus Wantuil e Francisco Thiesen

- História do Espiritismo — Arthur Conan Doyle — Editora Pensamento.

- Pestalozzi — Tiago Würth — Instituto Pestalozzi de Canoas.

- Fédon — Platão — Editora Martin Claret

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