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Artigo do Jornal: Jornal Setembro 2013

Sobre o autor

Pedro Valiati

Pedro Valiati

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revolucao   As tormentas do final do século XVIII na França marcaram uma das guinadas sociais mais importantes da humanidade. Homens alimentados com pão e um ideal em mente, inspirados por ideias iluministas, principalmente de Voltaire. No coração, coragem para a luta por mudanças. Suportados pela tríade liberdade, igualdade e fraternidade, combatiam o massacrante cenário de uma corte exploradora e corrupta.

    A Revolução Francesa não ocorreu de um solapo, foi um processo de vários anos, pois mudanças requerem os levedos do tempo, sob o ingrediente dos acontecimentos. A natureza não dá saltos.

   Infelizmente, os mesmos que clamavam pela liberdade e justiça perderam-se em suas ações, trafegando, igualmente, pelas vias da violência e revolta, em especial no episódio da queda da Bastilha.

    Como forma de dissipar o ódio e o desequilíbrio, a divindade enviou cerca de quatro milhões de almas da nação napoleônica, belicista e inflamada, para a Pátria do Evangelho, a qual já ensaiava os primeiros passos como nação. Segundo Divaldo Franco, em recente informação, tais irmãos continuam entre nós. Sabemos da capacidade dos espíritos superiores em antecipar fatos. Talvez tal migração tenha propósitos mais auspiciosos, visando, naturalmente, o equilíbrio e a redenção do passado delituoso.

   O exemplo histórico nos mostra perfeitamente o caminho de ascensão do bem, diante das refregas contra o mal. Perante os vícios cultivados secularmente, o mal ganha as proporções do vil, do hediondo, corrompendo o ser em seu âmago, relegando ao bem nada mais que latência insignificante. É o caso de muitos cujo as atitudes perversas e inconsequentes não foram tocadas pela consciência. Permanecem indeléveis no mal, sequer cogitando uma retomada de ações. Para muitos destes no estágio atual do nosso mundo, o ressarcimento se dará em mundos outros. Neste, como em todos os outros casos, o bem ganhará os primeiros movimentos diante do mal através da ação do sofrimento unido ao caráter da mudança, além da inspiração dos irmãos do espírito. Para almas viciadas diante dos tempos, este primeiro passo segue que despercebido, aparentemente despropositado, na maioria das vezes consumido em longos períodos através dos processos reencarnatórios. Entretanto, com o exarar das dores, a necessidade de mudança avança, desprezado, ainda, diante do mal o qual cultivamos.

   O mal existente no espírito, é verdade, notará a ascensão de novas ideias e sentimentos. As lutas morais ganham espaço no ser, o homem velho é questionado pelo novo, as angústias e medos, sentimentos e ações são conflitados sob os atritos das antigas paixões. A guerra, conforme promessa do Cristo (Mateus 10:34), esta declarada. Diante do tempo, o bem, destino comum de todos, recolherá os louros da vitória.

   O processo descrito não se dá apenas no âmbito individual, lembremos de que as lutas em um mundo coletivo são igualmente coletivas. Importante jamais perdermos a fé no indivíduo e coletivo. Necessário não desvirtuarmos as conquistas ancoradas na lei de amor e justiça, pois enquanto tivermos o bem a tiracolo e a fé como escudo, venceremos as paixões ditas intransponíveis ou irresistíveis, conforme a questão 911 d'O Livro dos Espíritos:

   911. Não existem paixões de tal maneira vivas e irresistíveis que a vontade seja impotente para as superar?
   Há muitas pessoas que dizem: "Eu quero!" mas a vontade está somente em seus lábios. Elas querem mas estão muito satisfeitas de que assim não seja. Quando o homem julga que não pode superar suas paixões é que o seu Espírito nelas se compraz, como consequência de sua própria inferioridade. Aquele que procura reprimi-las compreende a sua natureza espiritual; vencê-las é para ele um triunfo do Espírito sobre a matéria.

   Muitos duvidam poder largar um vício, conviver harmoniosamente com determinada pessoa marcada pelo laço do sangue, mudar grave situação. Enquanto houver dúvida, medo ou acomodação, não haverá vitória. A conjuntura instalada e predominante de cenário latente no mal já é matéria de difícil reversão, ainda mais nos rescindindo da fé. A dúvida é a nossa maior inimiga. Adiamos a vitória por não acreditarmos em nós mesmos.

   Se de fato acreditamos na promessa do Cristo, entenderemos que o amor, a fé e a justiça vencerão sempre, apesar e diante de nossas escolhas.

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