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Artigo do Jornal: Jornal Maio 2013

Sobre o autor

Pedro Valiati

Pedro Valiati

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mauexemplo   Acompanhamos estarrecidos e apreensivos os desdobramentos na Ásia de uma possível guerra a ser declarada sem o menor propósito a qualquer momento. Ódio gratuito, provocações indébitas e agressividade sem sentido. Triste chegar à conclusão de que o mundo ainda não aprendeu suficientemente com as perdas através do tempo.

   Apenas para aproveitar a oportunidade, recordemos Kardec, através do Livro dos Espíritos, dissertando sobre a necessidade das guerras, no capítulo da Lei de Destruição:

744. Que objetivou a Providência, tornando necessária a guerra?

"A liberdade e o progresso."

a) - Desde que a guerra deve ter por efeito produzir o advento da liberdade, como pode frequentemente ter por objetivo e resultado a escravização?

"Escravização temporária, para esmagar os povos, a fim de fazê-los progredir mais depressa."

   Esclarecedora e ao mesmo tempo consoladora a informação da resultante das guerras: Liberdade e Progresso.

   Ao mesmo tempo, é de interessante reflexão a necessidade de passarmos pelos estágios do mal para consolidarmos o progresso moral. Tal fenômeno é corriqueiro, transcorre com maior frequência do que imaginamos. Nas reuniões mediúnicas, por exemplo, o aprendizado de maior efeito se dá no depoimento ou atendimento fraterno de espíritos sofredores. Entendemos, através de tal exemplificação, as dores acerbas das mágoas no coração, consequência da má administração dos sentimentos; identificamos o desespero dos que trazem no espírito as manchas de ódio, resultante do não conceber da ideia do perdão. Estarrecidos, escutamos as mazelas causadas pelas dores no corpo perispiritual, tendo como causa os destratos com o santuário do corpo material. Nos são mostrados os efeitos da drogatização, ao verificarmos as sequelas mentais em diversos dos atendidos. Muitos outros exemplos poderiam ser citados, tais como o cultivar da tristeza, o esvanecer da razão, o sexo em desalinho, a prática da maldade etc.

   A paz nunca foi tão desejada quanto nos períodos das atrocidades da Segunda Guerra Mundial. O grito de liberdade nunca ecoou tão forte quanto nos movimentos nacionais de libertação, contra os tronos opressores, fenômeno corrente no Oriente Médio, através da Primavera Árabe. Nos retratos das regiões da cracolândia encontra-se a maior aclamação contra o uso de drogas.

   A característica do aprendizado através dos maus exemplos, latente em nossos espíritos, explica muitas das ocorrências cotidianas, pois que muitos ainda necessitam dos aprendizados baseados nas perdas para a conclusão do acerto moral espiritual.

   Diante destas conclusões, entendemos algumas das nossas mazelas atuais. Como a convivência com os flagelos urbanos, o explodir violência explícita e gratuita, resultante da fragilidade moral ainda existente em nós, como cita explicitamente o Livro Amanhecer de uma nova era , psicografia de Divaldo Franco, cap. III, página 43:

   Medidas paternalistas e eleitoreiras são tomadas, sem que as causas das misérias sejam removidas pela educação das novas gerações, cada vez mais abandonadas na formação do caráter e no respeito aos direitos humanos, mediante leis justas e devidamente cumpridas...

   Compreendemos, desta forma, a necessidade dos exemplos do mal em nossas vidas como caráter didático para os nossos espíritos. Entendemos que necessitamos, ainda, das ocorrências da guerra para sanearmos a pouca consideração com a liberdade, como remédio às tendências opressivas do espírito. Os escândalos morais, comuns na liderança política a nível mundial, nos ensina os efeitos nocivos da ausência de ética, ensinando-nos as práticas da honestidade em todos os segmentos sociais e da vida. Nos é mostrado que a violência nos aponta não apenas a necessidade da caridade material, mas principalmente da caridade moral, a nos entendermos como irmãos, educando através do amor e na necessidade individual.

   O Cristo, há dois mil anos, descreveu e vivenciou todas as lições necessárias para a felicidade, contudo, a teimosia moral predominante não apenas desviou-nos de tais ensinamentos, como distorceram-lhes através dos tempos. Contudo, a letra continua viva e convida-nos a retomada moral. Seguir a moral Cristã é ter o amor como referência para os ensinamentos do espírito, é, portanto, galgar os aprendizados morais pelas trilhas da felicidade, em detrimento das atuais fixações do sofrimento e maus exemplos.

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