
O exercício do perdão, do desculpar-se, mostra elevação de espírito, pois atesta nossa humildade e que não fugimos da verdade, confessando o erro e procurando consertar o mal provocado. Pedir desculpas, solicitar perdão, não nos diminui, pelo contrário, nos engrandece, até porque todos podemos errar, ao mesmo tempo em que todos pedimos uma nova oportunidade. O que não deve acontecer é pedir desculpas, receber o perdão e, depois, cometer o mesmo erro, fazer a mesma coisa. Se isso acontecer é hipocrisia de nossa parte, falta de sinceridade, o que revela baixeza de espírito.
Isso de dizer que não dá para controlar os impulsos, que os nervos ficam à flor da pele, que certas coisas são imperdoáveis, são histórias para “boi dormir”, como diziam nossos avós. Tudo isso é desculpismo para mantermos o orgulho, o egoísmo e o materialismos que ainda nos caracteriza e que, na verdade, queremos manter.
Lembremos que somos espíritos imortais e que esta não é a nossa primeira existência terrena, e que a reencarnação é bênção divina para darmos mais um passo rumo à perfeição, e não oportunidade para manter vícios morais e repetir os mesmos erros do passado. Tudo que é da matéria fica aqui mesmo, mas tudo que é moral nos acompanha após a morte. Já pensou encontrar lá do outro lado da vida aquele vizinho que espezinhamos, sabendo que ele estava certo? Portanto, reconciliemo-nos com nossos adversários aqui, enquanto estamos caminhando com eles.
Marcus De Mario é Educador; Escritor; Palestrante e Consultor Educacional e Empresarial.