ptenfrdeites

Pesquisa revela que um em cada sete acredita que o fim do mundo está próximo

 

“BBC - Um estudo realizado pela Ipsos Global Public Affairs, com sede em Nova York, revela que quase 15% da população mundial acredita que o fim do mundo ocorrerá durante sua vida e 10% dos entrevistados acham que o calendário maia pode significar que vai acontecer em 2012.

 

Com a exposição na mídia da chamada profecia maia, que para alguns significa fixar a data do fim do mundo em 21 de dezembro 2012, era de se esperar análises e reflexões sobre esse assunto - mas necessariamente não os impactos na pesquisa. Embora acadêmicos e especialistas tenham dito que não é verdade que os Maias previram o fim do mundo, a ideia ressoou e foi a inspiração para exposições, livros, documentários e até mesmo para um filme.

Na pesquisa, um em dez acredita que 'o calendário maia, que alguns afirmam terminar em 2012, marca o fim do mundo’ e outros 8% admitem ter sentido 'ansiedade e medo de que o mundo vai acabar em 2012'.”

O que é apocalipse

Bem, para esclarecer o tema Fim do Mundo, vamos iniciar com o significado da palavra apocalipse. Ela é originária do grego e quer dizer revelação, e não destruição do mundo. Foi João, um dos discípulos de Jesus, já bem idoso e vivendo na Ilha de Patmos, que escreveu o Apocalipse, o último livro do Novo Testamento. Nele, João apresenta a descrição das visões proféticas apresentadas por Jesus acerca dos acontecimentos pelos quais a humanidade passaria nos tempos futuros, os quais, na verdade, já estamos vivendo: violência, fome, cataclismos, guerras alimentadas pelo ódio. A linguagem empregada era em diversos trechos figurada: por exemplo, a expressão “pássaros desovando ovos de fogo” descreve, na realidade, aviões despejando bombas destruidoras. Mas, depois de tudo isso, Jesus revela a João o surgimento de uma era de paz para o nosso mundo.

É claro que já estamos vivendo os sinais que antecedem esse novo tempo para a humanidade previsto pelo Cristo, quando profetizou: “Ouvireis falar também de guerras (...) porque se verá levantar-se povo contra povo e reino contra reino”. Mas, como Ele próprio afirmou no Sermão da Montanha, “os brandos e pacíficos herdarão a Terra”, ou seja, após o fim de toda essa turbulência, o homem pacificado viverá a paz no planeta.

 

O “fim” profetizado por Jesus

Também ao sentenciar: “Quando o Evangelho for pregado em toda a Terra, é então que chegará o fim”, Jesus quis dizer que haverá de fato o fim da era das guerras e da maldade quando as criaturas estiverem evangelizadas. Portanto, o fim a que Jesus se refere nessa expressão profética está relacionado com a ideia de tempo e não com a de espaço. Refere-se ao fim de uma era, e não à destruição da Terra, coisa que jamais pregou em Seu Evangelho.

E, convenhamos, seria racional Deus acabar com o nosso planeta logo quando as criaturas humanas estivessem vivendo plenamente a mensagem do Evangelho? Se Deus é a Justiça Suprema, como Ele destruiria o planeta depois que os mansos e pacíficos tivessem implantado o reino da fraternidade na Terra anunciado por Jesus? Está claro que isso nunca vai acontecer, pois o Cristo prometeu que os brandos e pacíficos herdariam a Terra. Ou não vamos acreditar na palavra de Jesus na Bíblia?

O chamado “fim do mundo” será, na verdade, o início de um novo tempo para o planeta que habitamos, quando surgirá uma geração nova, de acordo com os ensinos dos Espíritos Superiores apresentados por Allan Kardec em A Gênese. Uma era de paz e de construção espiritual para o bem, quando os espíritos rebeldes e violentos serão expulsos do nosso mundo, a fim de que os mansos e pacíficos aqui vivam em paz, conforme se compreende da resposta à questão 1.019 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec.

 

Fim do mundo previsto para 30 de junho de 2012 - Anticristo - O significado de 666

 

O ex-pastor pentecostal porto-riquenho José Luis de Jesús Miranda, fundador em 1980 do movimento Crescendo em Graça, afirma que ele é a reencarnação de Jesus Cristo, e pelos seus cálculos, o fim do mundo é o dia 30 de junho de 2012.

A sede do movimento fica em Miami, nos Estados Unidos. Miranda afirma ser a reencarnação de Jesus Cristo e, ao mesmo tempo, o anticristo. JH, como Miranda assina, tem o número 666, atribuído à besta pelo livro do Apocalipse, tatuado no corpo. Muitos de seus seguidores também marcam 666 na pele em busca da salvação.

Bem, devemos esclarecer, porém, que podemos simbolizar o anticristo, segundo Emmanuel, por Chico Xavier, no livro A Caminho da luz, “como o conjuntodas forças que operam contra o evangelho, na Terra e nas esferas vizinhas do homem, mas, não devemos figurar nesse anticristo um poder absoluto e definitivo que pudesse neutralizar a ação de Jesus, porquanto, com tal suposição, negaríamos a previdência e a bondade infinitas de Deus”.

Ainda em A Caminho da Luz, no capítulo “A Identificação da Besta apocalíptica”, Emmanuel esclarece: “sem nos referirmos às interpretações com os números gregos, em seus valores, devemos recorrer aos algarismos romanos, em sua significação, por serem mais divulgados e conhecidos, explicando que é o Sumo-Pontífice da igreja romana quem usa os títulos de "VICARIVS GENERALIS DEI IN TERRIS", "VICARIVS FILII DEI" e "DVX CLERI", que significam "Vigário-Geral de Deus na Terra", "Vigário do Filho de Deus" e "Príncipe do Clero". Bastará ao estudioso um pequeno jogo de paciência, somando os algarismos romanos encontrados em cada titulo papal a fim de encontrar a mesma equação de 666, em cada um deles. Vê-se, pois, que o Apocalipse de João tem singular importância para os destinos da Humanidade terrestre.”.

 

O filme 2012 – O dia do juízo final

Este filme foi mais uma tentativa de se criar uma onda de terrorismo psicológico de que o mundo vai acabar em 2012, explorando sem fundamento as profecias relativas às transformações pelas quais a Terra passará para ingressar numa nova era. Segundo um amigo, os produtores desse filme usaram as profecias Maias e tentaram cristianizá-las, mas se esqueceram de que, quando elas foram concebidas, aquele povo nem tinha ouvido falar de Jesus, muito menos pensavam em acreditar em um único Deus.

Porém, como estamos vivendo tempos de grandes transformações, é necessário prosseguirmos vigiando e orando, a fim de mantermos a serenidade, para não acabarmos envolvidos pelo medo e pela intranquilidade, agora com a nova onda de que o mundo vai acabar no dia 21 de dezembro de 2012, numa jogada de marketing para o lançamento do filme 2012 – O DIA DO JUÍZO FINAL, nos Estados Unidos.

 

A verdade sobre o calendário Maia

A data de 21 de dezembro de 2012 foi estabelecida no calendário maia, um calendário que principia a contagem do tempo em 11 de agosto do ano 3114 a.C., ou seja, antes mesmo das datações arqueológicas dessa misteriosa civilização. De acordo com aquelas datações, os Maias floresceram entre 1800 a.C. e 1450 d.C. em um vasto território que inclui regiões da América Central e América do Sul, onde as ruínas de suas cidades e pirâmides monumentais resistem ao tempo. Os Maias são reconhecidos por seu avançado conhecimento de astronomia e pela precisão de seus diferentes calendários, como o calendário anual, solar, com 365 dias, chamado Haab.

Outro desses calendários, o de 'Longa Contagem', foi desenvolvido para computar extensos períodos de tempo ou ciclos de 5.125 anos. Foi com base nesse calendário de longos ciclos que se estabeleceu a tradição da profecia maia do fim dos tempos.

Ora, as Profecias Maias, pelo visto, estão de acordo também com o que ensina a Doutrina Espírita a respeito não do fim físico do nosso planeta, mas do surgimento de uma nova era, quando a Terra passará, na escala dos mundos habitados, de Mundo de Expiações e Provas para Mundo de Regeneração.

 

Já estamos em 2017

Além disso, precisamos considerar que já estamos no ano 2017, de acordo com a revelação mediúnica, em 1937, através de Chico Xavier e posteriormente também de conceituados cientistas e teólogos, que se basearam em estudos e pesquisas históricas, como veremos a seguir.

1º) Quando Jesus nasceu, numa obscura colônia do Império Romano, estreita faixa de terra no fundo do Mediterrâneo, que é a Palestina, o imperador romano era César Otávio Augusto. E no mundo de César os anos eram contados pelo calendário romano. Assim, o ano 1 era o da fundação de Roma. Os anos seguintes eram assinalados com a abreviatura A. U. C., da expressão Ab Urbe Condita (Desde a Fundação de Roma).

Somente no século VI, bem depois de Constantino (com o Edito de Milão, no ano 313) conceder a liberdade de culto aos cristãos, é que foi estabelecido o calendário cristão. Foi então que no ano 525 o monge Dionísio, o Pequeno, procurou estabelecer o ano da era cristã em relação ao calendário romano Ab Urbe Condita. E, pelos seus cálculos, fixou o ano da fundação de Roma como sendo 754 antes de Cristo.

Porém, a revelação feita pelo espírito Humberto de Campos, em 1937, por intermédio da psicografia de Francisco Cândido Xavier, no capítulo 15 do livro Crônicas de Além-Túmulo, editado pela FEB, registra o erro histórico cometido por aquele monge católico e sua devida correção, ao relatar o seguinte diálogo, travado no mundo espiritual, entre o Cristo e seu discípulo João, o Evangelista:

“— João — disse-lhe o Mestre —, lembras-te do meu aparecimento na Terra?

— Recordo-me, Senhor. Foi no ano 749 da era romana, apesar da arbitrariedade de Frei Dionísio que, calculando no século VI da era cristã, colocou erradamente o vosso natalício em 754.”

2º) É importante frisar que a revelação, trazida por intermédio de Chico Xavier, foi confirmada, posteriormente, pelo historiador e professor de História Antiga no New College, de Oxford, Robin Lane Fox, que em seu livro lançado em 1993, Bíblia — Verdade e Ficção, confirma esse erro de cálculo da data de nascimento de Jesus, calcado em vários documentos da época e nos fatos narrados pelos evangelistas, fatos esses postos em aparente contradição na perspectiva fundamentada no calendário romano.

3º) Esse mesmo pensamento é defendido pelo professor Charles Perrot, do Instituto Católico de Paris, em entrevista à revista Le Point: “(...) segundo um amplo consenso de exegetas, o ano de nascimento de Jesus deveria situar-se um pouco antes da morte de Herodes, O Grande. Ora, segundo os dados numismáticos, astronômicos e, sobretudo textuais, Herodes deve ter morrido no dia 11 de abril do ano 4 a.C. (...) o nascimento de Jesus terá sido provavelmente entre os anos 6 e 7 a.C. (...)”

4º) Também o professor e padre John P. Meier, que leciona o Novo Testamento na Universidade Católica da América, em Washington, escreveu no The New York Times, no dia 21 de dezembro de 1986, que Cristo deve ter nascido por volta de 6 a 4 a.C. ; e

5º) Em nosso país, o astrônomo Ronaldo Rogério Mourão de Freitas, do Observatório Nacional, divulgou no Jornal do Brasil de 4-1-1982 que Frei Dionísio, O Pequeno, em 525, encarregado pelo Papa de organizar o calendário cristão a partir da vinda de Jesus à Terra, arbitrou o ano de 754 da era romana para o seu nascimento. Mas, pelas pesquisas realizadas sobre o assunto, ele chegou à conclusão de que o aparecimento do Cristo em nosso mundo se deu no ano 749 da fundação de Roma.

Ora, diante de todas essas evidências, podemos concluir, sem margem de dúvida, que o ano 2012 já passou, ou seja, já estamos em pleno 2017 e a Terra não foi destruída, conforme a previsão divulgada de que o mundo acabaria no dia 21 de dezembro de 2012.

Gerson Simões Monteiro
Vice-Presidente da FUNTARSO
Operadora da Rádio Rio de Janeiro
e-mail: gerson@radioriodejaneiro.am.br

Topo
Ainda não tem conta? Cadastre-se AGORA!

Entre na sua conta